O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, enviou para a Câmara dos Deputados a notícia-crime apresentada pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), sobre Jair Bolsonaro ter mentido ao dizer que o governador proibiu a Polícia Militar do Estado o escoltasse durante visita ao Estado.
Em outubro, Jair Bolsonaro disse que cancelou sua visita à cidade de Balsas, no Maranhão, porque Flávio Dino “resolveu não ceder a Polícia Militar para fazer a segurança mais aberta”.
No mesmo dia, o governador do Maranhão desmentiu Bolsonaro. “Alguns irresponsáveis estão mentindo à população de Balsas sobre o cancelamento de uma suposta visita de Bolsonaro à cidade. Não houve nenhuma negativa de segurança a ele”.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado emitiu uma nota oficial negando que tenha se recusado a fazer a escolta de Jair Bolsonaro.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do governo federal, sequer mandou um ofício para o governo maranhense pedindo um maior efetivo para a proteção de Jair Bolsonaro durante a viagem.
Na notícia-crime que impetrou contra o presidente, Flávio Dino cita a nota da Aliança dos Pastores Evangélicos de Balsas (APEB) que diz que Jair Bolsonaro também estava mentindo sobre o evento que participaria na cidade.
Segundo a APEB, o evento sequer existia.
Agora que foi passada para a Câmara, os deputados poderão, de acordo com a decisão do presidente da Casa, votar pelo afastamento de Jair Bolsonaro.