“Bolsonaro como presidente demonstra ser incapaz de qualquer sentimento, solidariedade, empatia. Estamos vivendo, no Brasil, sob a presidência de um ser humano completamente distorcido”, afirmou o presidente do Cidadania, Roberto Freire, em entrevista ao canal no Yotube do jornalista Marco Antonio Villa.
Segundo Roberto Freire, referindo-se à recente tragédia que atingiu a Bahia, com centenas de desabrigados, mortos e feridos em virtude das chuvas que atingiram o Estado, enquanto Bolsonaro é visto curtindo férias em Santa Catarina. “Bolsonaro é alguém que não se consegue nem definir”, disse.
“Se juntarmos todos os adjetivos negativos para definir um ser humano, não serão suficientes para definir o que significa Bolsonaro, nesse momento que o país vive, além do que já passamos com a pandemia, que ele também não teve empatia com o sofrimento das milhares de famílias, com os mais de 600 mil mortos”, continuou.
Freire também criticou o fato de Bolsonaro ter recusado a ajuda humanitária oferecida pelo governo da Argentina à Bahia. “Ele fez molecagem, ele poderia até não ir à Bahia, mas não precisaria estar brincando, de férias, em um momento como esse”, disse. “Afinal, ele é presidente do Brasil”.
O presidente do Cidadania também falou sobre a ameaça à democracia representada por Bolsonaro, que segundo ele, “não está descartada”.
“Basta ver o que ele fez agora, afrontando todo o serviço público brasileiro, o funcionalismo, ao prometer aumento apenas às forças policiais”, citou.
“Quer dizer, ele tenta construir uma espécie de guarda Pretoriana, por assim dizer, para os seus intentos, evidentemente antidemocráticos e golpistas”, afirmou.
O presidente do Cidadania associou a busca de um nome alternativo para candidato a presidente da República, fora da polarização Bolsonaro-Lula, à discussão da defesa da democracia. “Para construir a terceira via a questão democrática é central”, defendeu.