Após pressão e decisão de greve da categoria, a direção dos Correios apresentou uma nova proposta de acordo, e os sindicatos filiados à Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect) suspenderam a paralisação marcada para ter início nesta quinta-feira (23).
A direção dos Correios apresentou um termo corrigindo 12 das 26 demandas do Acordo Coletivo que vinham sendo cobradas pela entidade, incluindo a mais importante delas, o reajuste salarial de 250 reais para os empregados que recebem até 7 mil mensais a partir de janeiro de 2024. Outra pauta importante, também corrigida pela empresa, é a concessão de um crédito de 1.500 extra no vale alimentação.
A greve havia sido aprovada em assembleia dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Tocantis, filiados à Findect, na tarde de quarta-feira (22), como resposta ao que a federação chamou de recusa dos Correios em resolver questões relacionadas à assinatura do acordo coletivo.
Sobre o novo acordo apresentado pela empresa, os sindicatos de São Paulo e do Tocantis se reúnem esta noite para deliberar sobre o tema. De acordo com Elias Diviza, vice-presidente da Federação e presidente do Sindicato de São Paulo, assim como os outros estados, a orientação será a de que os termos sejam aprovados.
“A luta vale mesmo a pena! Depois de dois meses tentando dialogar com os Correios, esgotando todos os recursos de negociação possíveis e sem nenhuma proposta do presidente, Fabiano dos Santos, a categoria já estava preparada para iniciar greve por tempo indeterminado na Black Friday.”
“Mas na noite desta quarta (22), a ECT enviou o documento que contém a correção das inconsistências apresentadas pelo Sintect-SP e Findect. De acordo com o documento, a empresa se compromete a corrigir cláusulas de grande importância para os trabalhadores”, afirma Diviza.
