Dois trens da SuperVia colidiram no início da manhã desta quarta-feira (27) na estação São Cristovão, uma das mais movimentadas da zona norte do Rio de Janeiro.
Após ficar mais de sete horas preso em meio às ferragens dos trens, o maquinista foi retirado pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu. Os bombeiros realizaram uma massagem cardíaca para reanimá-lo, porém foi ineficaz. Sua identidade não foi revelada.
Outras sete vítimas sofreram fraturas leves e foram socorridas e levadas para os Hospitais Souza Aguiar e Salgado Filho. Elas permanecem com o quadro de saúde estável.
A diarista Andréia Mathias, de 43 anos, estava no último vagão do trem que bateu, e chegou a cair no chão por causa da colisão. “Muita gente se assustou com o barulho e a gente começou um a ajudar o outro. Eu só cai. Graças a Deus foi um grande livramento”, relembra ela, que embarcou na Central e iria descer em São Cristóvão, ainda segundo ela o trem não estava cheio.
Segundo a concessionária SuperVia, responsável pela operação do sistema ferroviário no local, um trem que seguia da Central do Brasil para Deodoro colidiu com uma composição que fazia o mesmo trajeto e estava parada na estação São Cristóvão.
“O trem ficou parado cinco minutos com problema na porta, a porta nunca fechava, ficava apitando e de repente o outro trem veio e bateu nele”, relatou o também outro passageiro que estava na composição que foi atingida.
A empresa afirmou que instaurou uma sindicância com prazo de 30 dias para apurar as causas do acidente. A concessionária informou também que dois trens envolvidos no acidente contavam com o que chamou de ATP (Automatic Train Protection), equipamento que reforça o sistema de sinalização dos trens e da via.
A Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) informou que também abriu um boletim de ocorrência para investigar as circunstâncias do acidente. “Equipes técnicas foram enviadas à estação. Além das causas da colisão, também serão objeto de análise pela agência reguladora a adequação do atendimento prestado aos usuários pela concessionária SuperVia e dos procedimentos adotados para o restabelecimento da normalidade na operação comercial dos trens. A concessionária poderá ser multada”, informou a entidade, através de nota.
