O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que o documento do PL, partido de Jair Bolsonaro, contra as urnas eletrônicas se baseia em conclusões “falsas e mentirosas” e é uma “clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”.
O presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes, decidiu que o documento intitulado “Resultados da auditoria de conformidade do PL no TSE” deve ser enviado para o inquérito das fake news e para a Corregedoria-Geral Eleitoral para investigação e identificação dos responsáveis.
Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, esteve no TSE na quarta-feira (28). Perguntado sobre a suposta “sala secreta” onde seriam contados os votos, ele disse que “não é mais secreta, agora é aberta”. Ele já esteve preso condenado por corrupção.
Essa era uma das acusações infundadas de Jair Bolsonaro contra o TSE e as eleições. Sem apresentar nenhuma prova, ele diz que eleições passadas foram fraudadas e que qualquer resultado diferente de sua vitória significaria mais uma fraude.
As pesquisas eleitorais mostram que Lula está em primeiro lugar com chance de vitória em primeiro turno.
Leia a íntegra da nota do TSE:
As conclusões do documento intitulado “Resultados da auditoria de conformidade do PL no TSE” são falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade, reunindo informações fraudulentas e atentatórias ao Estado Democrático de Direito e ao Poder Judiciário, em especial à Justiça Eleitoral, em clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral.
Diversos dos elementos fraudulentos constantes do referido “documento” são objetos de investigações, inclusive nos autos do Inquérito nº 4.781/DF, em tramitação no Supremo Tribunal Federal, relativamente a fake news, e também já acarretaram rigorosas providências por parte do Tribunal Superior Eleitoral, que decidiu pela cassação do diploma de parlamentar na hipótese de divulgação de fatos notoriamente inverídicos sobre fraudes inexistentes nas urnas eletrônicas (Recurso Ordinário Eleitoral n. 0603975-98.2018.6.16.0000/PR).
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, determinou a imediata remessa do documento ao Inquérito nº 4.781/DF, para apuração de responsabilidade criminal de seus idealizadores – uma vez que é apócrifo –, bem como seu envio à Corregedoria-Geral Eleitoral para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade do Partido Liberal e seus dirigentes, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do Fundo Partidário.