A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia determinou, neste domingo (25), a remoção de publicações nas redes sociais com a informação falsa de que o empresário bolsonarista Cássio Cenalli – que negou comida a uma senhora por ela ter declarado voto em Lula – seria, na verdade, apoiador do PT.
A liminar foi concedida em representação apresentada pela Coligação Brasil da Esperança, da chapa Lula-Alckmin, contra os responsáveis por seis perfis no Twitter.
Usando uma foto de um homem fisicamente semelhante ao empresário vestindo um boné escrito Lula, ao estilo do chamado “gabinete do ódio”, os criminosos tentam subverter a realidade ao caracterizar que o empresário bolsonarista é na verdade um eleitor do Lula.
A publicação foi desmentida por diversos meios de comunicação e agências de checagem que demonstraram que não se trata da mesma pessoa. A representação apresentada ao TSE demonstra que a disseminação de fake news tem ocorrido de forma coordenada para prejudicar a campanha de Lula.
“A estratégia de desinformação e propagação de fake news empregada pelos representados emerge com nitidez, conforme se depreende das datas das publicações, evidenciando uma coordenação no momento de realizar as postagens, visto que todas as publicações são feitas em curto espaço de tempo e buscam atingir o maior número de pessoas”, afirmam os advogados Ângelo Ferraro e Cristiano Zanin, que assinam a representação.
A decisão determina que o Twitter seja oficiado para remover as publicações em 24 horas e informar todos os dados que possibilitem a identificação dos responsáveis
Ainda neste domingo, a ministra Cármen Lúcia determinou que seja removida das redes sociais (Twitter, Telegram, Facebook e Kwai) outra notícia falsa que diz que Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) possuem um plano de assassinar o candidato Bolsonaro. A decisão também atendeu a um pedido da Coligação Brasil da Esperança e determinou a remoção dessas publicações de nove contas nas redes sociais. A ministra Cármen Lúcia também determinou que fossem identificados os responsáveis pelas postagens.
