Peritos Médicos Federais e Ministério da Previdência entraram em acordo após 235 dias de greve
Após mais de sete meses de greve, os peritos do INSS e o Ministério da Previdência Social entraram em acordo. O movimento, que iniciou em agosto de 2024, reivindicava o cumprimento do termo assinado em 2022, que garantia de valorização salarial e a recomposição do quadro de servidores.
No último dia 11, reunião entre a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) e o Ministério colocou fim à paralisação e garantiu a retomada dos atendimentos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O acordo firmado prevê a compensação das horas não trabalhadas durante a greve e a devolução integral dos valores descontados dos salários dos servidores que optarem por repor o serviço. Também ficou garantido que não haverá punições aos servidores. Outro ponto importante é a criação de um grupo de trabalho permanente entre o governo e representantes da categoria, que terá como foco a discussão de melhorias estruturais no exercício da função, como a ampliação do trabalho remoto, o fortalecimento da autonomia médica e o aperfeiçoamento do modelo de gestão e desempenho.
Apesar de o acordo não contemplar todas as demandas da categoria, a ANMP avaliou o desfecho como um avanço para a valorização da carreira. A entidade também destacou o papel da mobilização dos peritos ao longo dos últimos meses, classificando o movimento como “bravo e resiliente”.
“Ainda não temos o modelo ideal de carreira, mas este acordo é uma conquista importante para a estabilidade da categoria e para a construção de um ambiente de diálogo e respeito entre os peritos e o governo”, afirmou a ANMP em nota oficial.
Para a entidade, a solução para as condições dos médicos peritos é fundamental para o enfrentamento do problema das filas de espera no INSS, que em dezembro de 2024 já ultrapassava 2,5 milhões de pessoas. “Somente com a valorização e com o engajamento da categoria será possível entregar o atendimento eficiente que a população merece”, afirma.
os peritos do inss já sabiam o quanto ganhariam quando empossados, e também dos planos de carreira. os mais prejudicados nessa história são os cidadãos que contribuiram ou contribuem , e recebem um péssimo serviço. fizeram greve ,e ainda vão receber um “reforço” no salário para reduzirem filas que eles mesmos turbinaram com a paralisação.
É verdade. leitor. Eles já sabiam. O que não sabiam é que não iriam receber aumento.