Após dois dias de greve e protestos, os motoristas de São Paulo conquistaram acordo com a Prefeitura, garantindo todas as reivindicações da categoria.
Na tarde desta sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas), Valdevan Noventa, anunciou a suspensão da greve.
Segundo o dirigente, a Prefeitura recuou do plano de redução da frota e de acabar com a função de cobrador nos ônibus. Na pauta também do acordo está o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
A greve dos motoristas teve início na quinta-feira, 5, quando os trabalhadores bloquearam 24 terminais na cidade. Os motoristas também realizaram manifestação em frente à sede da Prefeitura, no centro.
Na manhã desta sexta-feira, a greve continuou, com a paralisação de 30% da frota, conforme decisão judicial.
Em assembleia nesta tarde, Noventa anunciou que durante as negociações, a administração chegou a propor o pagamento da PLR, mas insistindo em reduzir a frota. “Nós dissemos ‘não’. Enquanto quiserem diminuir carro e desempregar o trabalhador, vamos dizer não”.
Segundo Noventa, as negociações, intermediadas pelo vereador Milton Leite, continuaram de quinta para sexta até que “o governo se redimiu, dizendo que está suspensa a diminuição da frota”.
“Sobre o PLR, queriam pagar em três vezes, e dissemos não. Dissemos: ou paga em uma parcela, ou continuamos parados. E na próxima quarta-feira, dia 11, o PLR estará na conta de vocês trabalhadores”, disse Noventa aos presentes na assembleia, que aplaudiram comemorando as conquistas. “Neste momento, está suspenso o nosso manifesto, porque fomos contemplados no que exigíamos”, concluiu.
