O retorno das aulas presenciais na cidade de São Paulo, paralisadas em março por causa da pandemia do novo coronavírus, segue sem data definida, segundo informou o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano.
De acordo com a previsão estabelecida pelo plano do governo estadual, a volta às aulas ocorreria no início do próximo mês.
“Para ser dia 8 [de setembro], a Saúde tem que dar a orientação. Mas pode ser e é muito provável que não seja no dia 8 de setembro. Ainda não há nenhuma data. A Secretaria [Municipal de Educação] segue se preparando para, quando a Saúde autorizar, estar tudo em ordem”, afirmou Caetano à GloboNews.
“Pode ser que seja outubro, pode ser que seja novembro. Qualquer dia a mais de aula presencial que a gente tiver é importante para as crianças. A minha visão, como secretário de Educação, é que é uma atitude prematura anunciar que nesse ano não tem aula. Acho que tem que ir passo a passo, acompanhando a evolução da pandemia semana por semana.”
O secretário de Covas disse que os alunos não serão reprovados e que haverá um “grande programa de reforço escolar”, feito em dois anos, para garantir que os alunos acessem o conteúdo.”Quando as aulas presenciais voltarem, será aplicada uma avaliação, uma provinha, para saber o que os alunos aprenderam e o que não [aprenderam]. A partir do resultado dessa prova, vamos calibrar um programa de recuperação e reforço que vai acontecer ao longo desse ano e todo ano que vem. Daí, não há sentido em fazer a reprovação nesse ano, uma vez que a recuperação vai se dar em dois anos.”
No dia 16 de julho, o governo do estado chegou a anunciar que a retomada das escolas seria reavaliada, mas, no dia 17 de julho, a data de 08 de setembro foi mantida.
De acordo com Bruno Caetano, em São Paulo, com o retorno das aulas, os pais poderão decidir se enviarão os filhos para a escola ou não, conforme resolução do Conselho Municipal de Educação.
“Na prática, se as aulas presenciais retornarem, as famílias já têm esse poder de decisão. O que a gente trabalha, junto ao Conselho Municipal de Educação, é que as famílias não precisem recorrer a essa espécie de bolsão de faltas que já é uma prerrogativa, um direito dessas famílias, dessas crianças.” Com a resolução, os pais e alunos que não retornarem às aulas presenciais durante a quarentena não receberão falta e poderão continuar acompanhando os conteúdos à distância. A medida deve valer para escolas públicas e particulares na cidade de São Paulo.