“Não se deve chamar Navalny e sua equipe de ‘opositores’. Eles são agentes da Otan e eu vou provar isso agora”, declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em coletiva em Moscou no dia 10.
O elemento nazista Alexei Navalny – que em próprio vídeo conclama ao assassinato de imigrantes comparando-os a ‘baratas’ – que posa de ‘opositor’ ao governo russo, inclusive com denúncias comprovadamente fake, assim como elementos de sua equipe recebem instruções diretas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para desestabilizar a Rússia e fortalecer, em nível internacional, a russofobia.
Ao exibir os argumentos que comprovam sua denúncia, Zakharova apontou que Navalny e um de seus principais assessores, Leonid Volkov, “declararam, na semana passada, que não mais chamariam demonstrações durante o inverno e que seu plano era aguardar até a primavera e ou verão”.
“Depois, na terça-feira (9), Volkov, que vive na Lituânia, anunciou mudanças propondo formas diferentes de protesto para imediatamente”, acrescentou a porta-voz.
“O que aconteceu entre os dias 4 e 9 de fevereiro?”, pergunta Zakharova para seguir respondendo: “É trivial, simples e é uma vergonha”.
“Volkov e Vladimir Ashurkov (outro aliado próximo a Navalny, este vivendo na Inglaterra, tiveram um encontro on-line com o representante da União Europeia na Polônia, encontro do qual participaram também os Estados Unidos e a Inglaterra”.
“Uma pequena nuance”, prosseguiu Zakharova, “este formato de países da Europa, mais Estados Unidos, mais Inglaterra, não representa a União Europeia; é a Otan”.
“Não importa como a cobertura de imprensa de vocês o denominarem, este é um encontro com agentes de influência para desestabilizar a situação em uma nação soberana. Da parte de Navalny e seus aliados isto é traição”, aponta Zakharova.
Em um comunicado apresentado por ela, Volkov revela que ele e Ashurkov pediram um pacote de sanções pessoais imposto pela União Europeia a alguns russos selecionados. No telegrama ele especifica: ‘não pedimos sanções gerais contra a Rússia, mas conta os que puxam as cordas e seus propagandistas”.
“São sanções no interesse da UE”, escreve ainda Volkov no comunicado.
Segundo o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, a decisão de Navalny e seus aliados de buscar pressão externa é “uma demonstração completa de que ele merece ser qualificado como agente externo”.
“O Ocidente investiu muito dinheiro nisso e não aceitam adiar tudo para a primavera. Eles percebem que a campanha de informação alimentada pelo Ocidente vai morrer. Eles estão prontos para ir ao limite“, avalia a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Pouco antes, Zakharova concordou que a propagação do sentimento anti-russo é um sinal de “morte cerebral da Otan, conforme avaliou o presidente francês, Emmanuel Macron”.
“A Otan sofre de morte cerebral. O fato não é surpreendente, mas o que é surpreendente é que um líder europeu esteja abertamente falando disso”.
“Além disso apontar para uma crise no interior desta aliança, como temos dito, a russofobia, que tem se tornado uma forma de tábua de salvação para os ideólogos da Otan, é um sinal específico da crise. Penso que eles tentaram encontrar uma ideia para trazer os membros da Otan juntos mais uma vez, só assim poderiam sentir o chão firme e seguir adiante”, diz ela.
“Neste sentido”, finaliza Zakharova, “a Otan enfrenta uma crise de identidade, uma crise existencial, uma crise estratégica e de falta de visão”.
