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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) voltou para o Brasil, depois de viagem de mais de duas semanas nos Estados Unidos, e participou de um ato, em Brasília, contra o reconhecimento da eleição de Lula e pedindo um golpe de Estado com Bolsonaro no poder.
Zambelli foi para os EUA depois de ser filmada apontando uma arma e correndo atrás de jornalista negro, Luan Araújo, nas ruas de São Paulo, um dia antes do segundo turno, 30 de outubro.
Na quinta-feira (24), ela foi a uma manifestação que pede um golpe militar e disse que está “trabalhando nos bastidores” e não vai “descansar um segundo enquanto a gente não conseguir nossa liberdade”.
Ao lado dela estava seu marido, Antônio Aginaldo de Oliveira, que foi chefe da Força Nacional, sob indicação de Bolsonaro, até março.
“Queria trazer uma boa notícia para vocês, mas principalmente para aqueles que estão no sofá assistindo pelos celulares. Hoje de manhã o presidente Bolsonaro está se reunindo com o ministro da Defesa e todos os comandantes das Forças [Armadas]. Eu queria pedir para que a gente pedisse a Deus que traga sabedoria, traga luz, tire o véu das pessoas que não enxergam”, falou a deputada.
Além disso, ela falou que, na quinta-feira, “a gente vai ter uma ação no Senado que vai mexer com as estruturas do Senado. Contem com a gente”. Nada de expressivo aconteceu no Senado.
“Enquanto vocês estão aqui, saibam que tem gente trabalhando nos bastidores, caladinho, mas a gente tá trabalhando. Eu não vou descansar um segundo enquanto a gente não conseguir nossa liberdade”, continuou.
A deputada golpista completou sua fala com uma parte do Hino da Independência, dizendo “ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil”, e falando “glória à Deus”.
As manifestações golpistas começaram a acontecer na noite do segundo turno, logo depois que Lula foi confirmado como próximo presidente do Brasil, com bloqueios de estradas.
Com a ação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou prisão e multa dos delinqüentes, os atos se esvaziaram e murcharam.
Quanto mais se esvaziam, com estímulo de Jair Bolsonaro, que tem insistido, através de seu partido, o PL, que as eleições foram fraudadas, os atos estão descambando para métodos desesperados, com uso de armas de fogo, explosivos e violência.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina já falou que os métodos bolsonaristas lá se aproximam do terrorismo.
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