O 1 º de Maio deste ano foi pela internet, por conta do pandemia do coronavírus, e foi unitário e amplo por conta da crise provocada no país pelas insanidades e ambições golpistas de Bolsonaro.
A compreensão de que o momento exige um esforço de reunir todos os democratas do país contra as ameaças do presidente à democracia fez com que a direção do ato convidasse amplamente os representantes políticos do país para se manifestarem neste dia.
Entre os presentes estavam o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que fez uma conclamação pela união de todos para enfrentar a pandemia e defender a democracia. Ele falou através de uma mensagem gravada.
“É por isso que temos uma data hoje prenhe de significados, com muito significado mesmo. Por que é [algo] novo. Nós temos que enfrentar problemas que são novos. Alguns são antigos, vírus são antigos, mas dessa forma generalizada, é [uma situação] nova. E nós temos que manter a democracia, a liberdade. As tarefas são muitas e só com união se consegue superá-las”, declarou no vídeo.
O ex-governador Ciro Gomes (PDT) também se manifestou. “O conjunto de conquistas históricas dos trabalhadores tem sido desmontado, aproveitando o desespero em que se encontra mais da metade da nossa população”, declarou Ciro Gomes.
“É importante lembrar que o Brasil contava com quase 13 milhões de desempregados ainda antes da crise do coronavírus, e mais de 38 milhões de pessoas estavam obrigadas a viver a dura realidade da informalidade sem nenhuma proteção. É pensando nessas pessoas, que penso que precisamos aproveitar essa dura ocasião para estarmos à altura daqueles heróis que no passado construíram o avanço dos trabalhadores”.
Flávio Dino, governador do Maranhão, afirmou que a agenda prioritária no país deve seguir três eixos centrais: “O combate ao coronavírus, com a preservação da saúde dos brasileiros, especialmente dos mais pobres”. O segundo eixo envolve a necessidade de ampliação dos serviços públicos. “Apesar dos inúmeros problemas, seria mito mais grave hoje se no passado tivesse prevalecido a tese da privatização do Sistema Único de Saúde”.
A ex-senadora Marina Silva (Rede) disse que “a crise social vem sendo duramente agravada pela pandemia”. “É fundamental que estejamos unidos em torno da proteção dos direitos em defesa da democracia. Assim como exigir o atendimento seguro no sistema público de saúde e também o isolamento social conforme orientado pela OMS”.
O ex-presidente Lula lembrou que “um vírus conseguiu fechar as fronteiras dos países e deixar em casa mais de 3 bilhões de seres humanos, e a cada dia recebendo notícias piores”.
O senador Randolfe, em sua mensagem, ressaltou que “enfrentamos uma gravíssima crise”. Para o senador, a crise em que passamos com o coronavírus foi agravada ainda mais com Bolsonaro, que se tornou uma ameaça à saúde, à vida e à democracia.
“Somos chamados à história para enfrentar essa pandemia e defender a democracia que está sob ameaça permanente”. “Mais do que nunca precisamos construir uma frente ampla que reúna todos os campos para derrotar o principal aliado do vírus que é Bolsonaro”, afirmou.
A ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) disse que foi muito importante a aprovação da ajuda emergencial pelos deputados e senadores mas ressaltou que é importante lutar para que esses recursos cheguem nas mãos de quem precise.
“Temos que exigir condições dignas de trabalho para os trabalhadores e trabalhadoras dos setores essenciais da área de saúde. Temos que cobrar testagem em massa desses trabalhadores”, defendeu Manuela.