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A segunda parcela do auxílio emergencial, que deveria ter sido paga no dia 27 de abril, ainda não tem data prevista para ser creditada aos beneficiários. São 15 dias de atraso.
Se não bastassem os milhões de cidadãos que não conseguiram se cadastrar, ou tiveram seus cadastros invalidados, ou ainda os que não conseguiram receber a primeira parcela mesmo que aprovados, os que conseguiram ter acesso ao auxílio logo no início não têm ideia de quando receberão a segunda parte.
Muitas pessoas relatam que dois dias depois do recebimento da primeira parcela, de R$ 600 ou R$ 1.200 para mães chefes de família, já não tinham mais nada e nem conseguiram fazer tudo o que precisavam. O recurso foi todo no pagamento de aluguel, água, luz e um pouco de comida.
Como conta à reportagem do G1 a diarista Eva da Silva Moura, que vive com a filha de 13 anos na periferia do Distrito Federal. “Não deu para fazer tudo, nem durmo pensando nas contas”, diz.
Para ela, com todo esse atraso na divulgação do calendário da segunda parcela, “é um dinheiro que não dá para contar”.
Segundo a Caixa Econômica, a confirmação do calendário da segunda e terceira parcela do benefício “depende do governo”.
Já o governo diz que o pagamento da segunda parcela depende, entre outras coisas, de suplementação do orçamento, o que já havia sido dito no mês passado, mas parece que nenhuma providência foi tomada.
Apenas os beneficiários do Bolsa Família já têm data para o recebimento da segunda parcela, que acontecerá entre os dias 18 e 29 de maio.