Dados do Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil, indicam que metade (52%) dos brasileiros está com o “nome sujo” nos itens dividas com bancos, operadores de cartão de crédito, financeiras e leasing (Locação Financeira). Conforme o SPC, em setembro, 62,6 milhões de pessoas estavam negativadas.
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “a inadimplência sempre cresce com o desemprego. Quando o país entrou em crise, a partir de 2014, nós tínhamos 51,8 milhões de CPF negativados. A crise, de 2014 pra cá, colocou mais 10 milhões na inadimplência”, descreve, Rabi.
A taxa de inadimplência referente ao crédito do sistema financeiro no Brasil chegou a 3,04% no mês de setembro, segundo dados preliminares do Banco Central (BC). A sondagem não discrimina as dividas, em atraso há mais de 90 dias, de empresas e pessoas físicas. Para a autoridade monetária, o peso da dívida no cartão é desproporcional ao volume de operações realizadas. “Embora represente apenas 2% do saldo de operações de crédito, o cartão de crédito na modalidade rotativo corresponde a 20,8% da carteira inadimplente”, afirma o Banco Central, em documento preparado para IV Fórum de Cidadania Financeira, que ocorreu semana passada em Brasília.
Além da dívida do cartão, 13,5% são de crédito pessoal; 12,9% de crédito consignado; 11% de financiamento habitacional, 9,8% de aquisição de carros e um terço do restante de inadimplência é por diferentes tipos de créditos e financiamentos.
“62,6% milhões” ?