A prorrogação do auxílio emergencial, que inicialmente é previsto para apenas três parcelas, foi defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Maia também defendeu que o valor de R$ 600, e R$ 1.200 para mães chefes de família, seja mantido.
A defesa do deputado contraria o que vem sendo dito pelo governo federal, que avalia o pagamento do auxílio por mais tempo, mas, no entanto, em um valor menor, apenas R$ 200.
Apesar de afirmar que entende a preocupação do governo com os custos, o deputado afirma que “seria muito ruim no quarto ou no quinto mês qualquer mudança no valor de R$ 600”.
Quando o benefício foi criado, através de uma lei aprovada no Congresso, a proposta do governo era que o auxílio fosse de R$ 200, só depois de muita pressão e avaliando que seria derrotado na Câmara dos Deputados é que o Executivo assumiu o valor de R$ 600.
Na quinta-feira (28), o secretário Especial de Fazenda, Rodrigo Júnior, afirmou que o auxílio emergencial é “um programa caro” e que deve ser prorrogado com “outro perfil”, e que não cabe “uma extensão muito prolongada” do auxílio.
A diminuição no valor do benefício também já foi defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, que admite a prorrogação, “mas não de R$ 600”.
Segundo o presidente da Câmara, o governo precisa encontrar “soluções para que pelo menos no curto prazo a gente possa manter o valor e depois fazer uma escadinha reduzindo esse valor”.
Rodrigo Maia sugere que uma alternativa provisória seria projetar um orçamento novo e utilizar uma parte dos recursos de “programas que estão mal alocados”.
“Talvez esse somatório nos dê as condições de a gente manter por mais algum período os R$ 600 e depois tentar criar um programa oficial permanente de renda mínima com esses programas que já existem no governo”, disse.