“Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia. A Suécia está passando por um momento terrível. Se tivéssemos feito isso, teríamos perdido 1 milhão, 1 milhão e meio, talvez até 2 milhões ou mais de vidas”, disse Trump, na quinta-feira, ao tentar, a um só tempo se utilizar da incapacidade e obscurantismo de Bolsonaro (que, se não fosse a resistência de governadores e prefeitos, teria provocado um morticínio mais dramático ainda em nosso país) e esconder o descalabro da condução da Casa Branca no enfrentamento da pandemia e ainda fazer mais propaganda da abertura descontrolada da economia.
Segundo os dados do Worldometer os EUA já passam de 111 mil mortes o que significa uma média de 336 mortes por milhão, quase o dobro do Brasil que, também tem um quadro triste, mas chega a 163 por milhão.
Pra melhorar ainda o argumento, Trump esqueceu a amizade com Bolsonaro e também colocou na mesma bacia o quadro da Suécia, país em que se negou o recurso à quarentena e que começa a mudar de rumo quando chega a um trágico número de 460 mortes por milhão.