A senadora Rose de Freitas (MDB-ES) disse que as respostas do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a vacinação no país não foram claras e “suscitaram mais dúvidas” na audiência do Senado realizada na quinta-feira (11).
“Pazuello confundiu mais do que esclareceu no debate com os senadores”.
Para ela, Pazuello “se sentiu pressionado, com dificuldade de responder” as perguntas feitas pelos senadores sobre a atuação do Ministério durante a pandemia.
“Foi um encontro necessário, mas que não teve os resultados esperados”, admitiu a senadora, que foi quem apresentou o requerimento para que Pazuello fosse ao Senado.
Rose de Freitas perguntou para Pazuello sobre a quantidade de vacinas disponíveis no país e sobre os atrasos no cronograma de vacinação e na entrega dos produtos.
O ministro de Jair Bolsonaro disse que o país conta com apenas 11 milhões de doses de vacinas, das quais cinco milhões foram aplicadas, mas garantiu que toda a população será vacinada até o fim do ano.
“Para dizer que até julho vai conseguir vacinar toda a população é preciso que haja vacina. Onde estão? Quando chegarão no Brasil? Vão chegar de onde? As respostas do ministro suscitaram mais dúvidas”, disse Rose de Freitas.
Rose de Freitas foi uma dos 31 senadores que assinaram o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação do governo Bolsonaro no combate à pandemia.
Durante toda a pandemia, Bolsonaro boicotou a quarentena e tentou aplicar tratamentos com remédios que não têm efeitos contra o coronavírus, como a cloroquina.
Em dezembro e janeiro, permitiu que o estado de Amazonas sofresse com o colapso de seus sistema de saúde porque atrasou o envio de oxigênio medicinal e a transferência de pacientes.