O judô trouxe mais uma medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A judoca Mayra Aguiar conquistou o bronze ao derrotar a sul-coreana Yoon Hyunji e se tornou a primeira mulher brasileira a conseguir três medalhas em competição individual na história das Olimpíadas.
Na mesma categoria, até 78kg, Mayra foi bronze em Londres-2012 e também no Rio de Janeiro-2016. A única mulher que também tem três medalhas olímpicas é Fofão, mas conquistadas em um esporte coletivo.
A gaúcha conquistou a 24ª terceira medalha do Brasil no judô e a segunda do esporte em Tóquio. O também gaúcho Daniel Cargnin havia levado a primeira na categoria até 66 kg do masculino.
Mayra conquistou a sexta medalha do Brasil em Tóquio. Ítalo Ferreira se tornou o primeiro campeão olímpico do surfe, Kelvin Hoefler e Rayssa Leal ficaram com uma prata cada no skate street, enquanto Daniel Cargnin e Fernando Scheffer levaram bronze no judô e na natação, respectivamente. Após a conquista de Mayra, foi a vez de Rebeca Andrade garantir a primeira medalha na Ginástica Artística para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Em meio à pandemia de Covid-19, a atleta de 29 anos sofreu uma lesão e teve que passar por cirurgia no joelho esquerdo, em novembro de 2020.
“Não estou conseguindo falar, estou emocionada. Acho que é a conquista mais importante para mim. Foram difíceis os últimos tempos, bem difíceis, tem que superar, superar de novo e de novo. Não aguentava mais fazer cirurgia, ainda mais no momento que vivemos, tive medo, angústia. Mas continuei. Dar o nosso melhor vale a pena”, desabafou a judoca.
Emocionada, Mayra agradeceu à família e aos treinadores pelo apoio que a empurrou a vencer a luta.
“Muito importante para mim. Não conseguiria nada sem minha família, me apoiaram em tudo e estavam comigo nos momentos mais complicados. Obrigada por me apoiar, por me aguentar, eu sou bem chata às vezes. Energia boa. TPM, cansada, com dor, estava comigo. Meus técnicos, apoio, todos. Que me fazem levantar todos os dias. Obrigada por estarem ali. Beijo para o seu Moacir. Me fez amar luta no chão. Pensei: “Não vou soltar, tenho potencial para ganhar essa luta”. Beijão a todos. Obrigada de coração”, disse.