O skate brasileiro voltou a ver um representante do país no pódio das Olimpíadas de Tóquio. Nesta quinta-feira (5), no Centro de Esportes Urbanos de Ariake, Pedro Barros levou a medalha de prata na decisão da modalidade park com a nota de 86.14.
A medalha de ouro ficou com o australiano Keegan Palmer, fez duas voltas sensacionais, garantindo 95.83 em sua última exibição. O americano Cory Juneau fechou o pódio, com 84.13.
Outros dois brasileiros também foram às finais da disputa, Luiz Francisco foi o quarto colocado e Pedro Quintas, o oitavo.
“A gente vem lutando por isso a vida inteira, sempre rodeado de pessoas maravilhosas que lutaram muito pra fazer minha vida melhor. Essa história do park, nas olimpíadas, minha história, é só um exemplo para o povo brasileiro, que está na nossa mão. Podemos fazer do nosso país um lugar melhor através do amor e do respeito. A gente pode cair várias vezes no chão, mas a missão é ver um amanhã melhor”, discursou um emocionado Pedro Barros após a final.
Foi a terceira medalha do país no esporte, que viu sua estreia olímpica na capital japonesa. Antes, Kelvin Hoefler e Rayssa Leal já haviam conseguido medalhas de prata na modalidade street.
Darlan fica em quarto no arremesso de peso
O brasileiro Darlan Romani ficou em quarto lugar na final do arremesso de peso, disputada nesta quinta-feira, em Tóquio, no Japão. Com a marca de 21m88, ele ficou a 59 centímetros da medalha de bronze, que ficou com o neo-zelandês Thomas Walsh com 22m47.
O americano Ryan Crouser ficou com o ouro, arremessando 23m30 para estabelecer o novo recorde olímpico – que já era dele -, enquanto Joe Kovacs ficou com a prata com a marca de 22m65.
“Mais uma vez a história se repete. Os meninos estão de parabéns. Crouser mais uma vez com 23 metros. Os caras são bons, não tem muito o que falar. Foi uma excelente competição. Acredito que poderia ter arremessado mais. Tenho que parar para analisar (…). A pandemia complicou tudo. Ano passado a gente vinha treinando forte. Entrou a pandemia, tudo que aconteceu, a cirurgia, Covid. Enfim… É difícil falar. Só quero agradecer a torcida de todos. Mais uma vez sou quarto, mas não quero mais isso na minha vida. Tem um novo ciclo, dessa vez mais curto. Se eu dava 200%, agora vou dar 300%. Obrigado Brasil”, disse Darlan ao fim da prova, bastante emocionado.
Darlan vinha tendo um bom ciclo olímpico até 2019, com treinos fortes e resultados animadores.
“Tivemos uma ótima temporada, melhorando a cada ano, a cada treino. A gente chegou ao nível que queria chegar. Estávamos muito fortes, superbem, cumprindo metas, batendo marcas, cumprindo objetivos. Aí veio a pandemia e atrapalhou muito”, disse ele ao jornal O Globo.
Em um primeiro momento, assim como para o resto do mundo, tudo ficou em suspenso na vida de Darlan.
Para retomar a preparação, ele aproveitou um terreno baldio perto de sua casa, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, com a ajuda de um pedreiro, que fez um platô de cimento sobre o chão de terra e grama para ele fazer os arremessos.