“A liberdade de expressão não protege aqueles que querem, na verdade, revogá-la”, enfatizou o governador do Maranhão
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou que Bolsonaro e suas milícias se fingem de patriotas e abusam dos símbolos nacionais para seus objetivos torpes e golpistas.
“Tentativa de rasgar a Constituição não é uma atitude patriótica”, afirmou o governador em vídeo sobre o 7 de Setembro.
“A democracia admite quase tudo, menos aqueles que querem destruí-la”, continuou.
“A liberdade de expressão não protege aqueles que querem, na verdade, revogá-la”, enfatizou.
Em artigo para a revista CartaCapital intitulado “Um outro 7 de setembro”, o governador afirmou que militares, tanto das Forças Armadas quanto das Polícias Militares, que se “partidarizaram” são “uma minoria que deve ser tratada com o rigor da lei”. “Uma polícia que não cumpre a lei deixa de ser polícia e passa a ser um bando armado”.
Dino já anunciou que os policiais que participarem de manifestações bolsonaristas serão punidos.
O governador do Maranhão reafirmou que a Constituição Federal não dá às Forças Armadas o papel de Poder Moderador, como insistem os bolsonaristas.
O governador do Maranhão disse que Jair Bolsonaro quer fugir da democracia, “que comprova o fracasso de seu governo e o direciona a uma derrota eleitoral, tentando forjar uma desordem”.
“O Brasil é muito maior do que os que querem destruí-lo”, enfatizou o governador.
Segundo o governador, “a tentativa abjeta de milicianizar as instituições nasce do descrédito do poder bolsonarista”.
“Em vez de melhorar, a situação do País entrou em terrível decadência nos últimos anos, justamente pela aplicação de medidas econômicas erradas, alinhadas a um projeto de destruição do Estado Nacional”.
Flávio Dino disse que Jair Bolsonaro tenta seguir a tradição dos governos autoritários que “mostraram-se incompetentes, pois desconectados dos verdadeiros problemas do País, e manchados por denúncias de corrupção, uma vez que, sem a transparência da democracia, sobram negócios obscuros”.
Com o governo Bolsonaro “o que vimos é a multiplicação de denúncias de corrupção, como fica explícito agora na CPI do Senado”.
“Enquanto isso, bens essenciais atingem preços inacessíveis, e arrumaram uma enorme crise energética, sem gestão eficiente, resultando em racionamento”.
“Alinho-me aos que sonham com Soberania, Democracia e Justiça Social, e com o País bem longe das ameaças absurdas que marcam o feriado nacional deste ano”, afirmou.