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O empresário Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel, foi indicado pela Polícia Civil de Santa Catarina, suspeito de estuprar uma jovem de 18 anos em Joinville, no Norte catarinense. Ele também é ex-assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A informação foi confirmada pela delegacia do município na noite de domingo (20).
Ele foi preso em 8 de fevereiro suspeito de praticar o crime. Em 11 de fevereiro, quando a Justiça determinou a soltura dele, a defesa do homem disse que prisão era “absurda e ilegal” e que havia indícios de que a acusação foi forjada para difamar “a imagem do Airton e retirá-lo do cenário político nacional”.
Conforme as investigações da polícia, o abuso sexual teria sido praticado na casa da mãe do investigado, na cidade de Santa Catarina, em 2017. A vítima seria uma jovem que trabalhava cuidando da proprietária da residência.
“Segundo a Autoridade Policial que presidiu o procedimento, as investigações lograram êxito em demonstrar prova da materialidade, indícios suficientes de autoria e as circunstâncias do crime, motivo pelo qual houve o indiciamento do suposto autor dos fatos”, informou a Polícia Civil.
Soligo, que tem 57 anos, já é réu em um processo por suspeita de estuprar uma criança da própria família. Ao aceitar a denúncia do Ministério Público, em setembro de 2021, o juiz responsável pelo caso imputou ao empresário as acusações de estupro contra vulnerável, com o aumento da pena em razão do acusado ser parente da vítima. O caso está em segredo de Justiça.
Segundo a Polícia Civil, a denúncia contra o suspeito foi feita a partir de uma ligação realizada pelo telefone 181. Após a investigação, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do empresário. O Disque denúncia 181 permite fazer denúncias anônimas.
O empresário ganhou projeção nacional após ser ouvido pela CPI da Covid no Senado sobre sua atuação no Ministério da Saúde como assessor do ex-ministro Eduardo Pazuello. Ele também foi apontado como “número 2 informal” na gestão. Após a sua passagem pelo ministério, ele assumiu o cargo de secretário da Saúde de Roraima, mas ficou no posto por pouco mais de dois meses.