Depois de aprovar a formação de uma federação partidária com os tucanos, lideranças do Cidadania têm pressionado a direção do PSDB a tomar posição mais firme internamente sobre bandeiras do bolsonarismo, como as críticas ao voto eletrônico, que ainda encontram endosso na legenda.
A intenção é pressionar pela saída de quadros simpáticos a Bolsonaro, uma vez que integrantes da direção do Cidadania avaliam que o PSDB deve aproveitar a janela partidária para se distanciar definitivamente do bolsonarismo e de seus defensores.
Após a deputada federal Mara Rocha (PSDB-AC) questionar o sistema eletrônico de votação, utilizado pela Justiça Eleitoral desde desde 1996, quando o aparelho estreou no processo eleitoral em 57 municípios, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, declarou que seu partido se manterá intransigente na defesa da urna eletrônica.
“A tese do voto impresso é palavra de ordem bolsonarista e golpista. O Cidadania confia no sistema da urna eletrônica e no nosso Poder Judiciário eleitoral”, disse Freire.
Em pronunciamento feito na Câmara terça-feira (22), Mara Rocha informou que estava apresentando um pedido de instalação de CPI para investigar a segurança nas urnas eletrônicas, suas eventuais vulnerabilidades, de forma a garantir a segurança nas próximas eleições.
A interlocutores, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, tem dito não se preocupar com a questão porque acredita que os mais radicais sairão por iniciativa própria ou vão se enquadrar.