Alexandre de Moraes tinha dado 24h para que a rede social obedecesse a ordem judicial
A rede social Telegram decidiu obedecer à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e suspendeu a conta do bolsonarista foragido Allan dos Santos, que está morando nos EUA e continuava agredindo ministros da Corte. Alexandre de Moraes tinha dado 24h para o canal suspender a conta, caso contrário, seria bloqueada em todo o território nacional por 48 horas e ainda teria que pagar uma multa de R$ 100 mil.
No início de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes havia determinado que a rede social excluísse três perfis ligados a Allan dos Santos, mas a providência não foi atendida. A decisão foi oficiada então aos sócios de um escritório de advocacia com poderes para representar a rede social no País.
A PF pediu sua prisão preventiva de Allan dos Santos pelos crimes de ameaça, ataques contra a honra e incitação à prática de crime. O Telegram é uma rede social para onde os criminosos e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) foram depois que as outras plataformas tomaram medidas para combater a disseminação de desinformação.
A partir da decisão do STF, as pessoas que tentam acessar o canal do bolsonarista se deparam com a mensagem “este canal não pode ser exibido porque violou as leis locais”. Em nota nas redes sociais, a conta oficial do STF disse que “Em respeito à decisão judicial proferida pelo Ministro Alexandre de Moraes, nos autos da PET 9935, o Telegram suspendeu três contas atribuídas a um dos investigados pela suspeita de liderar esquema de financiamento de milícias digitais no Brasil”.
Allan dos Santos está foragido nos Estados Unidos desde que o ministro Alexandre de Moraes mandou prendê-lo no dia 5 de outubro. Moraes determinou a prisão no inquérito das milícias digitais, e indicou que o nome do blogueiro bolsonarista deve ser incluído na lista de Difusão Vermelha da Polícia Internacional (Interpol) para “viabilizar sua prisão, neste País ou em outro”.
A delegada da PF Denisse Dias Rosas Ribeiro pediu a prisão preventiva de Allan com base na prática frequente dos crimes de ameaça, ataques contra a honra e incitação à prática de crime, assim como a participação de organização criminosa. O blogueiro fascista é investigado em dois inquéritos: o de fake news e atos antidemocráticos. Na internet, foi banido do Twitter, do Facebook e do Youtube e teve o blog Terça Livre encerrado.