O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou o lucro abusivo da Petrobrás e denunciou que isso acontece “sob o sacrifício da população brasileira”.
Pacheco afirmou que “nós vamos buscar exigir da Petrobrás a sua participação enquanto uma empresa que tem participação da União e que tem uma função social”.
Por conta da política de preços escolhida pelo governo de Jair Bolsonaro, a Petrobrás atrela o preço dos combustíveis no Brasil ao preço no mercado internacional.
Assim, submete o custo de vida dos brasileiros às variações do dólar e do preço do barril, mesmo quando o combustível é produzido no país.
“A Petrobras tem hoje uma lucratividade na ordem de três vezes mais do que os seus concorrentes, dividendos bilionários, e é óbvio que é muito bom que isso aconteça, mas isso não pode acontecer sob o sacrifício da população brasileira que abastece os seus veículos ou que precisa do transporte coletivo”, disse Pacheco durante um evento com empresários em Belo Horizonte.
“Lucro é importante para a empresa, remuneração dos diretores também, mas é muito importante que ela possa reverter esse lucro muito acima da média para a própria população através de mecanismos próprios para isso”, pontuou.
“Esperamos dessa diretoria que ela tenha sensibilidade social de uma empresa que tem participação pública e que precisa ter o cumprimento da sua função social”, asseverou.
Com o aval de Jair Bolsonaro, a Petrobrás aumentou em 18,8% o preço da gasolina e 24,9% o do diesel. Somente com o lucro de 2021, a estatal distribuiu R$ 101,4 bilhões de lucros e dividendos para seus acionistas.
No Acre, o preço do litro da gasolina atingiu R$ 11,56. Nacionalmente, o preço médio agora é de R$ 7,47.
Se recusando a mudar a política de preços que pratica, Jair Bolsonaro tenta colocar a culpa nos governadores e no ICMS, que é um imposto estadual.