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Ex-governador foi convidado para ser vice na chapa do ex-presidente
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se filiou, na quarta-feira (23), ao PSB e fez elogios a Lula, de quem pretende ser candidato a vice-presidente.
Geraldo Alckmin disse que se sente “em casa” no PSB, pois a “social-democracia e o socialismo têm uma origem comum nas lutas trabalhistas e sociais”.
Em discurso, defendeu a democracia e rechaçou os ataques de Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e às urnas eletrônicas.
“Aqueles que criticam, que desconfiam, que agem de maneira displicente com relação ao resultado das eleições, estão na realidade ofendendo a democracia”.
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“Aqueles que ameaçam o Parlamento, estão ameaçando a democracia. Aqueles que agridem o Supremo Tribunal Federal (STF), estão agredindo a democracia. É evidente que nós estamos hoje frente a um momento excepcional na vida brasileira, e é preciso olhar para frente”, afirmou.
Para ele, a mentira “é o que há de pior para o regime democrático”.
No evento, realizado em Brasília, Alckmin disse que Lula “é hoje o que melhor reflete e interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro. Ele representa a própria democracia”.
“A liderança do presidente Lula é fruto da sua história de vida, das suas eleições pregressas e do seu governo no Brasil”, continuou.
“Alguns podem estranhar. Eu disputei com Lula em 2006, fomos ao segundo turno, mas nunca colocamos em risco a democracia. A disputa era em outro nível”, observou.
Geraldo Alckmin expressou esperanças de que Lula, caso seja eleito presidente, “vai reinserir o Brasil no cenário mundial, vai alargar o horizonte do desenvolvimento econômico e vai diminuir essa triste diferença social que temos no país”.
Tanto Lula quanto seu articulador da aliança com Alckmin, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, não estiveram no ato de filiação.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o líder do partido na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), participaram do evento. Para Gleisi, “nunca foi tão necessário juntar forças”. Ela também celebrou a aliança entre o PT e o PSB.
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O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que com Jair Bolsonaro na Presidência as eleições não serão “uma disputa entre esquerda e direita. Será entre a democracia e o arbítrio. Essa anomalia [governo Bolsonaro] precisa ser encerrada”.
No mesmo sentido, o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), declarou que “há só um lado: o lado da democracia”.
Os governadores do Maranhão, Flávio Dino (PSB), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e o prefeito de Recife, João Campos (PSB), estiveram presentes no ato de filiação de Alckmin.
No mesmo ato também se filiaram o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, que será o candidato do PSB para o governo do Estado, e o senador Dário Berger, que é pré-candidato ao governo de Santa Catarina, além de aliados de Alckmin.
MÁRCIO FRANÇA
Geraldo Alckmin defendeu a pré-candidatura de Márcio França para o governo de São Paulo, mas pontuou que a decisão de quem será o candidato não deve ser feita agora.
“Pontua muito bem nas pesquisas, mas a decisão não é agora, é mais à frente”, afirmou Alckmin.
Em entrevista, Márcio França disse que o candidato da aliança do PSB com o PT deve ser decidido com base nas pesquisas eleitorais feitas até maio.
O ex-governador registrou que não deve ser levado em conta apenas as intenções de voto, mas o potencial de votação dele e de Fernando Haddad.
“O critério que o presidente Lula e que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, aceitaram é suficiente. A gente faz a pesquisa e quem estiver com melhor condição é o candidato”.
“Uma é o voto para governador e também tem que ter em quem você pode votar. Aí teremos a minha variável e a do Fernando Haddad. A pesquisa tem que ser feita contra os quatro adversários que estão na disputa”, acrescentou.
Na última pesquisa Genial/Quaest, divulgada no dia 17 de março, Fernando Haddad está em primeiro lugar com 24% das intenções de voto, enquanto Márcio França está em segundo com 18%. As pesquisas anteriores mostram que Márcio França tem uma rejeição menor e uma quantidade maior de pessoas que poderiam votar nele do que Haddad.