A defesa de Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu, no domingo (1), em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ministro Alexandre de Moraes devolva os R$ 100 mil que o deputado pagou, em junho de 2021, como multa pelos crimes que cometeu.
Atabalhoado, o advogado contratado pelo deputado errou a data do pagamento da multa, informando que foi em ‘junho de 2022’ (29/06/2022).
Pediu, ainda, “o fim de todas as perseguições deste Relator [Alexandre de Moraes], comprometendo-se a apagar o nome de Daniel Lúcio da Silveira de vossa mente”.
Com certeza, o ministro Alexandre Moraes até gostaria de apagar o nome de Daniel Silveira da mente de uma vez por todas. Mas é o próprio deputado que não deixa isso acontecer, pois faz, repetidamente, provocações contra o ministro e o STF. Parece que o deputado golpista gosta de apanhar.
Silveira foi condenado pelo STF, por 10 votos contra 1, a 8 anos e 9 meses de prisão por ter ameaçado os ministros da Corte.
Jair Bolsonaro concedeu perdão presidencial para que o deputado possa continuar a atacar a democracia.
Silveira foi preso pela primeira vez, em fevereiro de 2021, depois de ter publicado um vídeo ameaçando diretamente Alexandre de Moraes e outros ministros. Na gravação, chamou os ministros de “filhos da puta”, “vagabundos” e disse que já os imaginou diversas vezes “levando uma surra”.
Depois desse caso, Silveira continuou com as provocações e ameaças. Mesmo com o perdão concedido por Bolsonaro, Daniel continua tendo que usar tornozeleira eletrônica.
No documento enviado ao STF, os advogados de Daniel Silveira defenderam que a Corte não tem o direito de recorrer contra o perdão de Jair Bolsonaro, que atenta contra a própria Constituição.
“Recorrer de que, se houve perdão absoluto? Tudo é questão de bom senso, por mais dolorido que seja olhar para trás e ver o rastro de destruição das linhas constitucionais por este Relator e pares, e chegar ao final, para nada, se não exposição midiática desnecessária”, disse a defesa daquele que defendeu o fechamento do STF.
“No jargão popular: ‘após o naufrágio nadar, nadar… nadar… nadar… e morrer na praia’”, provocou o advogado do criminoso.