“Se isso foi o caso de um ataque ucraniano, eu asseguro que eles não queriam fazer isso”, assevera porta-voz do Pentágono. E não desmentiu a informação da Rússia sobre presença de munição dos HIMARS americanos
O ataque das tropas ucranianas a um centro de detenção no povoado de Elenovka, na República Popular de Donetsk (RPD), nesta sexta-feira (29), “matou e mutilou a maioria dos 193 prisioneiros de guerra ucranianos que se encontravam no local”, denunciou o Ministério da Defesa (MD) da Rússia, condenando o ato criminoso.
O representante sênior do Departamento de Defesa dos Estados Unidos declarou que, embora Moscou tenha mostrado peças de munição para os HIMARS fornecidos pelos EUA e utilizados no ataque, isso não significa necessariamente culpabilidade para os ucranianos. “Se isso foi o caso de um ataque ucraniano, eu asseguro que, primeiro, eles não queriam fazer isso. Eles certamente se preocupam com seu próprio pessoal, e eles se preocupam com os civis e militares de seu próprio Exército”, disse em coletiva o representante estadunidense.
Um correspondente da agência de notícias Sputnik relatou na sexta-feira(29) que alguns dos destroços continham números de série de projéteis HIMARS.
Conforme o MD russo, o massacre – utilizado como propaganda por Kiev contra as tropas russas – ocorreu “na sequência de um ataque deliberado de mísseis do sistema de lançamento múltiplo de foguetes HIMARS” contra a zona onde estavam detidos os ucranianos capturados.
“Toda a responsabilidade política, criminal e moral pelo massacre dos ucranianos recai sobre Zelensky pessoalmente, seu regime criminoso e Washington, que lhes fornece apoio”, enfatizou o comunicado da Defesa russa.
De acordo com os dados atualizados na manhã deste sábado (30), o ataque destes mísseis deixou 50 ucranianos mortos, como esclareceu o representante oficial da Defesa russa, tenente-general Igor Konashenkov. “Restos mortais de 48 prisioneiros de guerra ucranianos foram encontrados e removidos dos escombros do centro de detenção. Outros dois prisioneiros morreram de ferimentos graves enquanto estavam a caminho do hospital”, informou. Konashenkov acrescentou que, após o ataque, deram entrada nos hospitais da República de Donetsk 73 prisioneiros ucranianos com ferimentos graves, sendo que todos eles receberam rapidamente a devida assistência médica.