Taxa de desaprovação subiu 5 pontos percentuais em dois meses. Pesquisa revelou também que Lula tem 43% de intenção de votos, mesmo índice da pesquisa anterior, enquanto Bolsonaro apareceu com 35%, dois pontos a menos
A taxa de desaprovação do governo Jair Bolsonaro (PL) subiu 5 pontos percentuais em dois meses, revela a pesquisa PoderData divulgada nesta sexta-feira (5).
Portanto, hoje, 57% reprovam e 39% aprovam a gestão do atual chefe do Executivo. Em junho, o governo era desaprovado por 52% e aprovado por 37% do eleitorado brasileiro. Em julho, a aprovação estava em 41% e a desaprovação em 55%.
O levantamento foi feito entre 31 de julho e 2 de agosto de 2022. Os números variaram dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais da pesquisa em relação à rodada anterior, realizada de 17 a 19 de julho.
Leia os números da estratificação ainda de acordo com a pesquisa realizada pelo PoderData:
- mulheres (61%) são as que mais desaprovam o governo;
- aprovação é mais baixa (36%) entre quem cursou só até o ensino fundamental;
- moradores do Centro-Oeste são os que mais aprovam a gestão de Bolsonaro (57%); e
- Nordeste tem a taxa de aprovação mais baixa (28%).
RESILIENTE ENTRE OS EVANGÉLICOS
Em relação aos evangélicos, a aprovação do governo federal melhorou: cresceu 12 pontos percentuais desde o último levantamento. Hoje, 61% aprovam a gestão, e 33% desaprovam.
Entre os católicos, a situação se inverte, a desaprovação foi para 63% e a aprovação, 34%.
PESQUISA ELEITORAL
Enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manteve estável nas intenções de voto, o presidente Bolsonaro teve oscilação negativa, o que amplia a vantagem do petista. É o que mostra a nova pesquisa eleitoral 2022 PoderData, divulgada na quinta-feira (4).
Lula aparece com 43%, mesmo índice da pesquisa anterior, enquanto Bolsonaro apareceu com 35%, dois pontos a menos. A variação está dentro da margem de erro.
Em eventual segundo turno, a diferença entre Bolsonaro e Lula caiu e chega a 10 pontos: o petista aparece com 50% e Bolsonaro com 40%. Outros 5% devem votar branco ou anular e 4% não sabem.
Caso o segundo turno tivesse Ciro e Bolsonaro, os dois estariam empatados, cada qual com 40%. Entre Lula e Ciro, a vantagem do petista é de 21 pontos, com 47% contra 26%.
ALGUMAS EXPLICAÇÕES
É natural que a avaliação do governo entre as mulheres seja péssima, pois está evidente que Bolsonaro e o governo dele não gostam das mulheres, como de resto, não desenvolveu nenhuma política pública para esse segmento majoritário da população.
Do mesmo modo, em relação aos brasileiros com menos escolaridade, que são também os mais pobres. A política econômica de Bolsonaro/Guedes privilegia os mais ricos e alija do mercado de trabalho os menos favorecidos e com menos escolaridade.
A desaprovação maciça de Bolsonaro no Nordeste não poderia ser diferente, pois o chefe do Executivo conduz um governo que nada ofereceu para a população da região. Ao contrário. A política econômica do governo, capitaneada por Paulo Guedes (Economia), é mais desastrosa com aquela lado do Brasil.
Apenas para ficar num quesito, o preço da cesta básica. Em junho, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 9 das 17 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Entre maio e junho, as maiores altas ocorreram no Nordeste, nas cidades de Fortaleza (4,54%), Natal (4,33%) e João Pessoa (3,36%).
Ainda, segundo o Dieese, nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 549,91), Salvador (R$ 580,82) e João Pessoa (R$ 586,73).
M. V.