O deputado federal Alessandro Molon (PSB) reafirmou nesta sexta-feira, 5, que é candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro. Hoje foi o último dia do prazo para convenções partidárias homologar candidaturas
Molon mantém a candidatura em paralelo à do deputado estadual André Ceciliano (PT). Os dois comporão a chapa de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Estado.
Em coletiva de imprensa, Molon confirmou que a pressão de dirigentes nacionais do PSB para que não seja repassado dinheiro do fundo eleitoral para sua campanha, sendo essa uma forma de pressioná-lo a desistir da candidatura em favor do candidato petista.
Molon enfatizou que, no entanto, a disputa deve ser contra o representante de Bolsonaro na campanha: o atual senador e ex-jogador Romário (PL).
“Isso [tensão com o PT], para nós, é página virada. A nossa disputa é com Romário (PL). Romário é o representante bolsonarista na disputa ao Senado”, afirmou o deputado na coletiva. Sua candidatura foi recebeu apoio dos diretórios estaduais do PSB, PSol, Rede Sustentabilidade e Cidadania.
Durante a entrevista, estavam ao lado dele o pré-candidato a deputado federal Ricardo Rangel (Cidadania), a ex-ministra do Meio Ambiente Heloísa Helena (Rede), a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) e o deputado estadual Carlos Minc (PSB).
Molon pediu ainda doações para sua campanha.
O candidato, que é presidente estadual do PSB no Rio, afirmou ter o apoio de sindicatos, líderes religiosos, intelectuais, artistas e “pessoas do povo” e com isso se mantém na disputa.
Segundo Molon, nem o diretório estadual do PSB, que ele preside, nem a direção nacional da sigla, sob comando de Carlos Siqueira, fizeram ou autorizaram um acordo com o PT para ceder a vaga ao Senado, na chapa, para Ceciliano.
“Causam espanto alguns ataques que temos recebido, como se nós não pudéssemos representar o campo oposicionista na eleição ao Senado”, disse Molon, que também lembrou que foi escolhido líder da Oposição na Câmara em 2019 e 2021 com apoio de deputados do PT.
Ele reafirmou que sua candidatura está alinhada à de Lula para derrotar Bolsonaro. “Com toda certeza vou fazer campanha para o Lula. Lula é meu candidato à Presidência da República. Estou com Lula independente de qualquer coisa porque eu acredito que ele é o melhor candidato nessas eleições por uma série de razões para derrotar Bolsonaro”, afirmou.
“O país não sobrevive a mais quatro anos com uma reeleição do [Jair] Bolsonaro. O passado está superado. Precisamos eleger Lula presidente da República” , reiterou.
O deputado destacou ainda que o palanque de Marcelo Freixo ao governo será amplo e aberto aos outros partidos da coligação. “Nós estaremos no palanque do Marcelo Freixo porque a candidatura do PSB é de vários outros partidos. Não eliminaremos a presença de qualquer partido do palanque do Marcelo Freixo. Nós nunca advogamos para impedir que outros partidos estivessem com nosso candidato”, destacou.
Molon é o candidato da esquerda melhor colocado nas pesquisas. Enquanto Molon está em primeiro lugar com 17% dos votos, de acordo com a última pesquisa Real Time Big Data, Ceciliano tem 5%, na mesma pesquisa.
É isso que torna a candidatura dele mais importante, pois, atualmente os três senadores do Rio são do PL e aliados a Jair Bolsonaro. Um deles é seu filho, Flávio Bolsonaro; Carlos Portinho é líder do governo na Casa; e Romário tentará a reeleição na chapa do governador Cláudio Castro (PL) com apoio de Bolsonaro.