O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, visitou Pernambuco na terça-feira (26), onde se encontrou com lideranças do PSB. Ele esteve com o governador Paulo Câmara e com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos.
Ciro disse que fez a visita para “reiterar mais uma vez” o convite para o PSB construir com ele um “campo democrático popular”. “Quero crer que ele vai cuidar com zelo do apelo que lhe fiz”, afirmou após a reunião com o governador.
“Atribuo ao movimento que o PSB puder fazer ao seu tempo o peso praticamente de garantir a minha eleição, o que quer dizer a fundação de um campo democrático, popular, nacional, comprometido em encerrar essa agenda antipovo, antipobre e antinacional que o país está amargando”, ressaltou o pedetista.
O governador Paulo Câmara, que também é vice-presidente nacional do PSB, retribuiu a visita indicando que a possibilidade de uma coligação com o PT está cada vez mais longe. Ele afirmou que Ciro tem “um importante projeto para o Brasil” e, referindo-se à rivalidade local com a petista Marília Arraes, que também pleiteia o governo do Estado, disse que “(formar) alianças nacionais envolve reciprocidade”.
Segundo o governador, seu desejo é que o destino do PSB ns eleições esteja definido antes da convenção do partido, que deve ocorrer na primeira semana de agosto.
No início da semana, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, reuniu-se com os presidentes dos diretórios regionais do partido. A eles disse que, diante da grave crise política que o Brasil atravessa, seria um “erro grave” o partido ficar neutro nessas eleições. O diretório pernambucano é considerado crucial para sacramentar a aliança.
Com a visita a Renata Campos, Ciro fez um gesto simbólico importante na obtenção de apoio do PSB, já que a viúva de Eduardo Campos sempre foi considerada uma figura importante no partido. “Renata carrega uma simbologia muito grande no partido. Sem dúvida foi um gesto importante de Ciro ir ao seu encontro”, avalia Renato Casagrande, um dos dirigentes da legenda que defendem um apoio nacional a Ciro.
“PSB e PDT são partidos afins. É o caminho natural. Acho que até o dia 30 isso está fechado. Pode ser até o começo de uma fusão entre os dois partidos”, pontuou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.