Governo quer, a partir de estratégias de promoção da paz nas instituições educacionais, combater os discursos de ódio e ao extremismo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou, para a próxima terça-feira (18), às 9h30, no Palácio do Planalto, uma reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, os presidentes do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, para discutir políticas de segurança, de prevenção e de enfrentamento à violência nas escolas.
O encontro contará ainda com a participação de governadores dos estados e do Distrito Federal, e representantes de prefeitos, como a Associação Brasileira de Municípios (ABM), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), e a Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
Segundo o Planalto, o governo quer a partir de estratégias de promoção da paz nas instituições educacionais, combater os discursos de ódio e ao extremismo.
Também foram convidados os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta; da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; e da Educação, Camilo Santana; além dos líderes do governo, os senadores Randolfe Rodrigues e Jaques Wagner, e o deputado José Guimarães.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que os recentes ataques violentos a escolas em diferentes regiões do Brasil são uma herança de Jair Bolsonaro (PL), durante agenda em Salvador (BA) neste sábado (15).
“Infelizmente, o Brasil está colhendo aquilo que foi plantado ao longo dos quatro anos. Como na agricultura, se você plantar semente de mamão, você vai ter um pé de mamão. Se você plantar soja, você vai colher soja. E ao longo dos quatro anos, no Brasil, infelizmente, comandado pelo ex-presidente da República, se plantou ódio, racismo, preconceito contra as mulheres, preconceito contra nordestino, preconceito contra negro”, pontuou.
O ministro lembrou de ocasiões em que Bolsonaro incitou crianças a fazerem o gesto de arma com as mãos: “o ex-presidente fazia [isso] com frequência botando criança no colo, fazendo sinal de arma e estimulando grupos armados, estimulando ódio. Infelizmente, o Brasil, hoje, ficou parecido com outras nações, com ataques a escolas. Escola é lugar de vida, é lugar de alegria, é lugar de cultura, é lugar de arte. E nós vamos juntos ter que reconstruir nosso país. E reconstruir não é só do aspecto de obras, mas também de valores”.
No último dia 5, o governo anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) para debater soluções para o problema de violência nas escolas. Além disso, serão disponibilizados R$ 150 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública para estados e municípios fortalecerem as rondas escolares.