Em 2023, o saque acumulado da tradicional caderneta de poupança é de R$ 80,293 bilhões
Com o orçamento apertado pelo nível de endividamento e inadimplência das famílias, alavancados pelas altas taxas de juros, os saques de recursos da poupança superaram os depósitos mais uma vez em agosto. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta sexta-feira (08), os saques superaram as entradas em R$ 10,1 milhões, diferença entre R$ 321,6 bilhões de depósitos contra R$ 331,7 bilhões de saques.
A tradicional poupança dos brasileiros passou a ser recurso para manutenção de despesas e pagamento de dívidas e em agosto registrou a maior retirada desde maio. Em agosto, o estoque dos valores depositados na poupança ficou em R$ 969,1 bilhões.
No acumulado de janeiro a agosto, as retiradas superaram os depósitos na poupança em R$ 80,3 bilhões, o segundo maior valor já registrado no período para saída líquida de recursos, segundo série histórica do BC.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as retiradas da poupança foram menores, já que em agosto de 2022 as saídas líquidas (diferença entre entradas e saídas) somaram R$ 22 bilhões – o maior valor registrado desde o início da série histórica do BC em 1995.