A ativista colombiana Leidy Correa, de 25 anos, é a mais nova vítima da política de extermínio de lideranças sociais e de direitos humanos que varre o país após a eleição do presidente Ivan Duque, em 17 de junho, ampliou a perseguição e criminalização de opositores e passou a agir abertamente contra os Acordos de Paz firmados com as FARC (atualmente Força Alternativa Revolucionária do Comum).
Segundo informações oficiais, o corpo da jovem foi encontrado sem vida no último dia 5 em Peque, no estado de Antióquia, atacado com “golpes na cabeça, região parietal e no braço direito, com objeto contundente”.
Conforme o porta-voz da Fundação Sumapaz, Óscar Yesid Zapata, somente em Antióquia, neste ano, são 27 dirigentes assassinados, sendo duas mulheres e 25 homens. No país, o total ultrapassa a 130. “No dia nacional dos Direitos Humanos, lamentamos informar que foi achada morta a liderança Leidy Correa no município de Peque. Era secretária da Junta de Ação Comunitária do bairro Guayabal. Rechaçamos este homicídio e exigimos garantias reais”, sublinhou a Fundação.
Para Leonardo González, coordenador do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz da Colômbia (Indepaz), “os mecanismos de auto-proteção como a Guarda Indígena e Camponesa são os únicos que realmente têm funcionado e neutralizado os grupos que atentam contra as comunidades”.