Na marcha foram erguidas faixas contra o “massacre criminoso em Gaza” e exigindo o “fim ao arrocho do governo que é contra o povo”
Exigindo “o fim do massacre criminoso em Gaza”, milhares de judeus e árabes participaram da comemoração do Dia do Trabalhador, o 1º de Maio, antecipada, na cidade de Nazaré, para este sábado, dia 27.
Entre as consignas da comemoração deste ano, as exigências de “fim à ocupação e à limpeza étnica na palestina Cisjordânia e na Jerusalém árabe”.
Os participaram também carregaram faixas contra o fascismo e exigindo ainda a troca de reféns e prisioneiros israelenses e palestinos na base de “todos por todos”, ou seja, todos os detidos pelo Hamas e todos os sequestrado pelas forças de ocupação, os milhares que lotam as prisões de Israel.
A marcha convocada pelo bloco de comunistas Haddash, Partido Comunista de Israel e a Juventude Comunista de Israel, também se posicionou pelo “fim da desigualdade social e pela igualdade em termos de nacionalidade, democracia e paz justa”.
Na véspera da marcha, a polícia israelense invadiu a sede do Haddash e apreendeu faixas e adereços que seriam desfilados em carros alegóricos na manifestação.
O deputado israelense Ofer Cassif, conclamou aos que se preparavam para a comemoração a não desistirem de ir: “Nós não vamos deixar que os fascistas nos silenciem! Venham para a manifestação para levantar bem alto a nossa voz contra o massacre em Gaza e contra a onda fascista e em apoio à justiça para todos”.
“Vamos engrossar as fileiras antes que seja tarde”, acrescentou Cassif, “a palavra de ordem deste 1 º de Maio é ‘Unam-se contra o fascismo!”.
Na marcha estiveram presentes os deputados Dov Khenin, Mohammed Barakeh, Hannah Sweid e Afu Agbaria.
Barakeh declarou que “este ano, estamos marcando o 1º de Maio sobre o pano de fundo marcado pelos tambores da guerra da extrema-direita contra o povo palestino e outros povos da região”.
Ele disse ainda que o governo de Netanyahu “se volta contra os trabalhadores, os pobres e os mais vulneráveis”.
“Nossa luta é uma só e o 1º de Maio é o símbolo desta luta”, finalizou o deputado.
Coube ao presidente do Conselho dos Trabalhadores de Nazaré, Kamal Abu-Ahmad, concluir a solenidade convocando a Central Sindical israelense, a Histadrut, a declarar uma greve geral contra o arrocho imposto pelo “governo de direita e neoliberal”.
O secretário-geral do Partido Comunista de Israel, Muhammed Nafah destacar que a situação criada em Israel “serve aos interesses do imperialismo norte-americano que, para alcançar seus objetivos de dominação recorre a mais brutal agressividade“.
Duas das principais faixas erguidas durante a marcha afirmavam: “O governo extorque o povo” e “Quando o governo é contra o povo, o povo é contra o governo”.
Na terça-feira,1º de Maio, o ato será em Tel Aviv, também convocado por judeus e árabes.
Esta matéria teve por base informações enviadas à Hora do Povo pelo deputado israelense Ofer Cassif