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500 professores e funcionários da Universidade de Oxford nos EUA, além de exigirem o corte de relações com instituições israelenses enquanto perdurar o genocídio e o regime de apartheid, expressaram sua disposição para ensinar remotamente através da Internet a estudantes da Faixa de Gaza
Com as suas assinaturas em uma declaração conjunta também manifestaram o seu apoio aos campi pró-Palestina e à exigência dos estudantes de suspender relações em meio ao “genocídio israelense em Gaza, o regime do apartheid contra os palestinos e os seus colonos ilegais na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental”.
A pesquisadora Rowan Wilson afirmou à Agência Anadolu que a universidade não deve apenas tirar os investimentos em empresas cúmplices da guerra em Gaza, como também divulgar as suas fontes de financiamento e investimentos.
“A principal exigência é que a universidade se livre dos seus laços financeiros com empresas cúmplices da máquina de guerra israelense”, destacou Rowan, uma estudiosa da literatura medieval.
A professora assinalou que eles pressionariam por um corte nos relacionamento de intercâmbio e investimentos às universidades israelenses “enquanto o apartheid e o genocídio” continuarem em Gaza, onde Israel já matou mais de 35 mil palestinos e feriu cerca de 80 mil desde outubro passado.
A reconstrução da infraestrutura educacional é uma das demandas apresentadas pelos acadêmicos de Oxford. “Queremos que a nossa universidade use o seu imenso poder, prestígio e riqueza para ajudar a reconstruir a educação em Gaza, onde neste momento não existe nenhuma universidade de pé”, declarou ela.
Sobre a onda global de protestos pró-palestinos nas universidades, ela informou que os estudantes e acadêmicos de Oxford estão “absolutamente solidários com os acampamentos de Nova Iorque a Paris e mais além”.
ESTUDANTES EXIGEM FIM DE INVESTIMENTOS EM ISRAEL
Os universitários continuam os seus protestos em mais de 100 instituições de ensino superior na maior parte dos Estados Unidos, exigindo a cessação do investimento e da cooperação acadêmica e de investigação com o Estado ocupante.
Os estudantes aproveitaram a temporada de formaturas nas universidades norte-americanas para realizar atos de protesto durante eventos e discursos oficiais.
Durante essas cerimônias, os jovens desfraldaram bandeiras palestinas, como aconteceu na Universidade de Chicago, além de levantarem faixas exigindo justiça e liberdade para o povo palestino e o fim do genocídio, como aconteceu na Universidade Northwestern.
UNIVERSIDADE JOHNS HOPKINS SUSPENDE PROTESTOS
Já os estudantes da Universidade Johns Hopkins, no estado de Maryland, suspenderam seus protestos no campus depois de chegarem a um acordo com a administração da instituição de ensino para reconsiderar a questão da retirada de investimentos em organizações sionistas israelenses.
Os alunos defenderam em mobilizações a retirada dos investimentos dos “fundos de doações universitárias no Estado ocupante israelense”. A universidade afirmou que iria acelerar o processo já iniciado de revisão dessas operações financeiras, particularmente com gestores de fundos e empresas que apóiam a ação militar israelense em Gaza.