Até mesmo o New York Times teve de admitir que um resultado inquestionável da terceira cúpula intercoreana deste ano, em Pyongyang, foi a exigência comum do Norte e do Sul pela imediata declaração de fim da guerra, cujo artificial armistício é mantido desde 1953, como passo indispensável para que se avance para a desnuclearização da península coreana.
Assim, matéria que publicou no dia seguinte à cúpula tinha como título ‘Declare o fim da Guerra da Coreia’, líder do Sul insta aos EUA” e noticiava o pedido que o presidente sul-coreano Moon Jae-in estava fazendo publicamente a favor de encerrar oficialmente a guerra.
Na véspera da visita a Pyongyang, Moon voltara a defender a assinatura de um acordo de paz definitivo, não uma “paz temporária que pode variar com a situação internacional”, mas uma “paz irreversível e permanente” que permanece “inabalável, não importa o que aconteça internacionalmente”.
No Estádio 1º de Maio, ao lado do líder do Norte, Kim Jong Un, diante de 150 mil pessoas Moon convocou à unidade da nação coreana. “Vivemos juntos por 5 mil anos e, separados, 70 anos. Proponho que devemos terminar completamente os últimos 70 anos de hostilidade e dar um grande passo de paz para nos tornarmos uma só [nação] novamente”, afirmou.
Na coletiva de imprensa após a apresentação da Declaração de Pyongyang, Kim conclamou a “acabar com a tragédia da nossa divisão o mais rápido possível e ingressar em uma jornada sagrada em direção à paz permanente e à prosperidade, de modo a aliviar até a menor das feridas causadas pela divisão da Coreia”. A matéria do NYT acrescentava que o pedido deixava a Casa Branca “num beco sem saída”.