Prefeitos da região acionaram a Sabesp e Arsesp para serem informados de uma suposta crise hídrica que atinge a região
Moradores de cidades da Baixada Santista, como Guarujá, Bertioga e São Vicente, sofrem há semanas com a falta de água e baixa pressão d’água. No Guarujá, diversos pontos da cidade, principalmente bairros do Distrito de Vicente de Carvalho, são os mais afetados. As prefeituras destes municípios já notificam a Sabesp e cobram uma solução. Além de problemas como não ter água para preparar alimentos, tomar banho, lavar roupas, a suspensão do serviço também afetou o funcionamento das unidades de ensino e de saúde no Guarujá.
“O cidadão fica bastante incomodado, porque abre sua torneira e a água não chega, especialmente no período noturno, passado às 22h”, informou o prefeito de São Vicente, Kayo Amado, em entrevista ao programa “Manhã Bandeirantes”, transmitido pela emissora de rádio local associada ao Grupo Bandeirantes.
“O cidadão fica nervoso e vem requisitar para a prefeitura, nós passamos os canais de comunicação da Sabesp, porque quando conversamos com eles, eles falam que não receberam a reclamação, então passamos os devidos canais de comunicação a Sabesp, mas questionamos eles sobre cada endereço que os moradores nos passam”, continuou.
Ele informou ainda que a falta de água está ocorrendo constantemente. E que já houve notificação para a Sabesp no prazo de 48h normalizar o abastecimento de água na cidade, isso há mais de uma semana, porém o problema persiste.
Diante do descaso da Sabesp privada, os prefeitos dos municípios atingidos ameaçam adotar medidas mais duras, como a aplicação de multa, para que a companhia regularize o fornecimento. “O que descobrimos é que diversas cidades já estavam sofrendo com desabastecimento. Nós decidimos fazer uma provocação conjunta para a Sabesp e Arsesp para que possamos ter providências”, disse Amado.
Nós esperamos que a Sabesp normalize o abastecimento de água, mas se caso isso seguir ocorrendo, faremos igual outros municípios que deram o prazo e também aplicaram multas”, advertiu. “Em São Vicente também tomaremos essa medida e esperamos que a Arsesp tome as providências de multar a Sabesp diariamente até que o abastecimento seja normalizado”, completou.
O município de Guarujá também solicitou providências à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Na segunda-feira (26), técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Segurança Climática (Semam) se reuniram com representantes da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp) para cobrar providências. Segundo os técnicos, o órgão regulador informou que um cronograma de vistorias está previsto para a cidade.
A situação de falta de água é agravada pelo fato de o município não ter um reservatório de abastecimento hídrico e utilizar da vazão dos mananciais dos rios Jurubatuba e Jurubatuba Mirim, segundo os especialistas.
Já a Prefeitura de Bertioga, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, autuou a Sabesp em R$ 162 mil, por conta do desabastecimento de água em diversas localidades do município litorâneo. Além disso, a Pasta encaminhou ofício à Arsesp relatando a situação e cobrou a normalização do fornecimento de água.
Durante o “Jornal da Tribuna 1ª Edição”, transmitido pela afiliada da Globo na Baixada Santista, vários moradores enviaram mensagens de WhatsApp nesta terça-feira (3), denunciando a falta de água na região. “’Chuva’ de falta d’água”, reclamou uma moradora de Maitinga, bairro de Bertioga; “Estamos há muitos dias sem água aqui no Maré Mansa. Está muito difícil ficar sem água para fazer o almoço e tomar banho. Cada dia a Sabesp dá uma desculpa”, reclamou uma telespectadora do Guarujá”; “Aqui no Morrinho não tem água, informou outra telespectadora também do Guarujá”.
As reclamações seguiram. “Aqui no Jóquei Clube nada de água. E quando chega vem com pressão e cheiro de cloro”, relatou uma consumidora de São Vicente; “Aqui no Ilhéu Baixo, todas às noites, a partir das 10h, não tem água nas torneiras. Você chega cansado do trabalho […] e se não tiver caixa d’água fica impossibilitado de tomar um banho ou até mesmo de beber um copo d’água”, criticou um morador de Santos.
ESTATAL FOI ENTREGUE À PIOR EMPRESA DE ENERGIA DO PAÍS
Privatizada pelo entreguista governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a Sabesp, uma das maiores e mais eficientes empresas de saneamento do mundo, foi comprada pelo Grupo Equatorial, num lance suspeito e por um preço escandalosamente abaixo do seu valor. Ao adquirir 15% das ações da Sabesp, a empresa se tornou o investidor de referência. A Equatorial atua na distribuição de energia. Sem histórico no saneamento, mas também ineficiente no serviço que presta, aparece no ranking da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) como a pior do Brasil em 2023.
O projeto de entrega da outrora estatal à iniciativa privada enfrentou a resistência de diversos setores da sociedade: sindicalistas, especialistas, políticos, consumidores. Além de se oporem ao desmonte do patrimônio público e em defesa de um setor estratégico para o Estado, os opositores temiam a queda da qualidade dos serviços e o aumento das tarifas, típicos da privatização. Experiências desastrosas como a da SEDAE no Rio de Janeiro, e da Enel em São Paulo e em outros estados, foram usados como exemplos para tentar barrar a venda da Sabesp.
“De Sabesp para Enel: Eu sou você amanhã”. A frase satírica foi muito utilizada para alertar às pessoas contra a privatização da então estatal. Entretanto, as relações de compadrio entre Tarcísio e Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, traduzidas pela barganha por apoio político para a reeleição de Nunes, garantiu a privatização da Sabesp na Câmara Municipal, última etapa para aprovação do projeto, já referendado pelo Legislativo estadual.
As dores de cabeça sofridas pela população do litoral paulista já começam a legitimar as preocupações do movimento contra a privatização. E a Sabesp, já se pode avaliar, começa a se travestir de Enel.
Tem que ser feito estudo mais fundo! Causa Raiz! Empresa ter que ser classificado com empresa Química e não higiene! Empresa de Detergente em pó! Tem que tbm melhorar os rastreamentos de produtos! Se é produto é fabricado no Brasil tem que ser melhor o rastreamento para evitar fraude!…
Será que é possível alguma coerência? Ou o que você acha é somente essa bagunça mental?
Lixo de matéria. A Sabesp sempre fez um serviço porco na cidade de Guarujá. Na temporada sempre a falta de água é no inverno quando há uma estiagem maior sofremos também. Isso a décadas. Essa empresa era para ter sido trocada pelo atual prefeito ladrão de Guarujá. Sabesp é um lixo, pior do que está não fica.
E você acha que vai melhorar se a distribuição de água estiver sob um açambarcador somente preocupado em arrancar lucros da população?