“Essa pressão do poder econômico e financeiro não é novidade para mim”, denuncia o senador do RS
O senador Paulo Paim (PT-RS) usou suas redes sociais na quinta-feira (7) para se somar aos demais líderes do partido do governo que estão contra o pacote de cortes de verbas para programas sociais e investimentos, defendido pela Faria Lima e adotado pela equipe econômica do governo.
Ele protestou contra o “ajuste fiscal, desvinculação do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e das aposentadorias do salário mínimo, enfraquecimento do FGTS e do seguro-desemprego, novas reformas da Previdência e trabalhista”.
O próprio ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou publicamente que mudanças no Seguro Desemprego e Fundo de Garantia só seriam implantados se ele fosse demitido.
“Essa pressão do poder econômico e financeiro não é novidade para mim. Estou no Congresso há muito tempo e sei que, no fim das contas, quem sempre paga a fatura são os trabalhadores, os aposentados, os pensionistas e os mais vulneráveis”, denunciou o senador gaúcho.
Na mesma quinta-feira (7) o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi na mesma direção e afirmou que se os benefícios da Previdência fossem cortados, ele não teria como permanecer no governo.
Os banqueiros e a mídia sob seu controle estão fazendo uma pressão enorme para que o presidente Lula anuncie ainda esta semana o pacote com os cortes de verbas de programas sociais e de investimentos públicos. As reuniões realizadas com esse objetivo estão sendo tensas e, até este momento, não houve nenhuma proposta concreta. Na quinta-feira a reunião terminou sem consenso e decisão foi adiada para esta sexta-feira.
Os especuladores intensificam sua chantagem manipulando criminosamente o câmbio enquanto os seus representantes no Banco Central completam o serviço. Eles deveriam atuar contra essas manobras especulativas com o dólar americano e não o fazem.
Além disso, decidem elevar os juros da dívida pública para transferir, numa canetada, entre R$ 20 e 25 bilhões do dinheiro público ao ano para os cofres dos banqueiros que já abocanham R$ 855 bilhões desviados do Orçamento.