Nos 50 anos de relações, Brasil e Angola fecham novos acordos em energia, defesa e comércio

Lula durante reunião ampliada com o presidente de Angola, João Lourenço, no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert - PR)

“A Embraer está à disposição para a restauração da frota angolana de aeronaves Super Tucano e o fornecimento de aeronaves adicionais”, declarou Lula

O presidente Lula se reuniu, na sexta (23), com o presidente de Angola, João Lourenço, para firmar acordos de parceria técnica e tecnológica no setor petroleiro, de saúde e segurança pública. 

Durante o encontro, a liderança angolana contou que o país pretende comprar três aeronaves KC-390 da Embraer. Lula disse que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode financiar a compra.

“Também seguiremos cooperando na área de defesa e na modernização das frotas aéreas e da marinha angolana. A Embraer está à disposição para a restauração da frota angolana de aeronaves Super Tucano e o fornecimento de aeronaves adicionais”, declarou Lula.

Foram fechados quatro acordos, sendo o primeiro relacionado ao compartilhamento de estratégias e boas práticas na promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência ou afetadas por hanseníase e das crianças e adolescentes.

Outro memorando, que reúne a Petrobrás e a Sonangol, estabelece cooperação em pesquisa e desenvolvimento de projetos para extração de petróleo. 

Também foi assinado um termo de entendimento entre a Polícia Federal e a Polícia Nacional de Angola para intercâmbio de informações e assessoria técnica para o combate a diversos crimes, como tráfico de drogas, de pessoas e de armas de fogo, crime de ódio, tortura e violações contra os direitos humanos e crimes cibernéticos, entre outros.

O quarto acordo fortalece os projetos de desenvolvimento sustentável de regiões semiáridas e da agricultura familiar no sul de Angola através, principalmente, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Após a reunião, Lula deu declarações públicas incentivando os empresários brasileiros a estabelecerem laços e investirem em Angola. “Angola sempre foi um bom pagador, e quitou sua dívida com cinco anos de antecedência. Por isso, ninguém tem que ter medo de vender alguma coisa ou fazer qualquer empréstimo à Angola, porque os angolanos são cumpridores dos seus deveres”, disse.

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