
Imagens divulgadas pela Rússia Today confirmaram mais um êxito contra o “inexpugnável” sistema defensivo israelense. Bombardeio castiga a parceria da empresa estadunidense com o Comando Cibernético das Forças de Israel e seu Centro de Inteligência
Um míssil iraniano furou mais uma vez, nesta sexta-feira (20), o “impenetrável” sistema defensivo israelense e pôs fim à sede da Microsoft na cidade de Berseba. A empresa estadunidense é conhecida pela parceria estratégica com o Comando Cibernético das Forças sionistas e seu Centro de Inteligência. Próximo ao parque tecnológico Gav-Yam Negev também encontram-se instalações militares e cibernéticas ativas, que abriga empresas como a Intel e a Elbit Systems.
“A Microsoft foi destruída por um único míssil em Berseba”, afirmou Iman Tajik, representante oficial da operação “Promessa Verdadeira 3”, em Teerã. Outros mísseis caíram próximos ao local, fazendo com serviços de emergência fossem acionados na tentativa de combater os focos de incêndio que se espalharam pela cidade.
A Guarda Revolucionária do Irã informou que a Microsoft foi bombardeada “devido à sua estreita cooperação com o exército israelense e por ser parte do sistema que apoia a agressão”. “A área cibernética atacada também inclui as residências de pessoas das áreas de espionagem e inteligência artificial, que operam em cooperação direta com o exército inimigo e seu aparato de segurança”, acrescentou o comunicado.
“O inimigo sionista está sendo punido. Ele está sendo punido agora mesmo”, enfatizou o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
O êxito obtido pelos mísseis iranianos fez com que o governo Netanyahu impusesse uma censura militar que proíbe a mídia local e internacional de publicar detalhes sobre os locais exatos dos alvos, bem como a dimensão dos estragos provocados.
Apesar disso, a mídia israelense reconheceu que o último ataque iraniano contou com duas dezenas de mísseis. Relatos iniciais mostram bombardeios a Gush Dan, à região de Negev e a Haifa, que feriram 17 pessoas, três das quais estariam em estado grave.
Imagens online mostram fumaça subindo em Haifa após uma nova grande explosão na cidade portuária do norte. Uma escola no centro de Israel está entre as áreas supostamente atingidas pela nova onda de mísseis.
A Israel Railways anunciou o fechamento temporário da estação Berseba North-University devido aos danos sofridos no ataque.
PARCERIA DA MICROSOFT COM AS FORÇAS SIONISTAS
Há cerca de quatro meses, a The Associated Press descreveu detalhes não relatados anteriormente sobre uma estreita parceria entre a Microsoft e o Ministério da Defesa de Israel, com o uso militar de produtos comerciais de Inteligência Artificial (IA) e a “disparar quase 200 vezes após o ataque mortal do Hamas em 7 de outubro de 2023”.
Segundo a AP, as forças sionistas usam o Azure para transcrever, traduzir e processar informações recolhidas através de vigilância em massa, reunindo dados que podem depois ser cruzados com os sistemas internos baseados em IA de Israel e vice-versa. “A parceria reflete um esforço crescente das empresas tecnológicas para venderem os seus produtos de [IA] às forças armadas para uma vasta gama de utilizações”, relatou.
GUERRA ESTÁ PROVOCANDO UM ROMBO NOS COFRES DE ISRAEL
Conforme o Wall Street Journal, o custo da guerra está causando graves danos para a economia israelense, que vem sendo arrombada em centenas de milhões de dólares diariamente. As maiores despesas vêm do uso de sistemas avançados de defesa antimísseis, como os sistemas David’s Sling e Arrow 3, cujos custos de interceptação alcançam a US$ 700.000 e US$ 4 milhões por lançamento, respectivamente.
Além disso, os custos com combustível, munição e operações de apoio para aeronaves F-35, usadas em missões de longo alcance contra alvos iranianos, totalizam aproximadamente US$ 10.000 por hora por aeronave. Estimativas preliminares indicam que o custo da reconstrução já esteja em menos US$ 400 milhões.
A agressão sionista paralisou inúmeros setores da economia. O principal aeroporto foi fechado, várias empresas tiveram que suspender suas operações e apenas serviços essenciais estão funcionando.