
A taxa de desocupação do país verificada pela Pesquisa Nacional por Cadastro de Domicílio (Pnad-Contínua) voltou a cair no trimestre encerrado em maio. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27), o percentual de brasileiros procurando trabalho recuou de 6,8% para 6,2% na comparação com o trimestre móvel anterior. No mesmo período do ano passado, a taxa de desocupação estava em 7,1%.
O contingente de trabalhadores com carteira assinada cresceu 3,7% sobre igual trimestre do ano passado, levando a um patamar recorde de 39,8 milhões de pessoas trabalhando em postos de trabalho formais.
Segundo a pesquisa, o resultado foi devido ao esvaziamento do contingente de trabalhadores subutilizados e a queda do desalento (pessoas que desistiram de procurar emprego) – esta última saindo de 13,1% da força de trabalho em 2024 para 10,6% no trimestre encerrado em maio.
A taxa de informalidade, que mede a proporção de trabalhadores informais na população ocupada, foi de 37,8% no período – correspondendo a 39,3 milhões de pessoas. Esse índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre anterior (38,1%), como em 2024 (38,6%).
“A queda na informalidade é consequência da estabilidade do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões), acompanhada da alta de 3,7% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (mais 249 mil) na comparação trimestral e aumento de 8,4% no confronto anual”, diz o IBGE em nota.
Em números, o contingente de desocupados que reflete a taxa de 6,2% é de 6,8 milhões de pessoas. No trimestre anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), eram 7,5 milhões de pessoas sem ocupação e, em igual trimestre do ano anterior, eram 7,8 milhões.
“Os principais responsáveis para a redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas. Assim, semelhante às divulgações anteriores, o mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão-de-obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais”, diz William Kratochwill, analista da pesquisa.
O total de pessoas ocupadas no país, segundo a pesquisa, era de 103,9 milhões entre março e maio, alta de 1,2% na comparação trimestral e de 2,5% na anual. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) atingiu 58,5%.