
Livro que relata “uma história silenciada pela mídia hegemônica” será apresentado pelo autor, Leonardo Wexell Severo, com o presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rabah, no prédio da reitoria da Universidade Federal do Paraná
O livro “Guatemala e Palestina sob o tacão genocida de Israel – Uma história silenciada pela mídia hegemônica” (Editora Papiro, 126 páginas, R$ 35), de Leonardo Wexell Severo, será lançado na próxima quinta-feira (2), às 18h30, no Anfiteatro 1.100, Edifício Dom Pedro I, da Universidade Federal do Paraná, na rua General Carneiro, 460, em Curitiba. Reunindo lideranças dos movimentos sociais, sindicais e partidárias, o evento será uma manifestação de solidariedade à Palestina.
“Ao explicitar o terrorismo de Estado e os banhos de sangue que sustentam nossa afirmação de que ‘os EUA são o novo III Reich e que o sionismo é o nazismo de nossos dias’, o livro de Leonardo torna-se leitura indispensável”, afirmou Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), que convoca a atividade.
Segundo Ualid, “esta importante obra, diante de tantos e tamanhos horrores, nos convoca a sermos companheiros de combate, generosos, coletivos, para a vitória da Humanidade”. Em sua essência, relatou, “é uma contribuição impactante à causa da liberdade!”.
MULHERES E CRIANÇAS SÃO A MAIOR PARTE DOS PALESTINOS MORTOS
De acordo com Leonardo Severo, “neste momento em que Israel já assassinou quase 70 mil palestinos, feriu outros 166 mil e mutilou mais de quatro mil crianças, numa população de apenas 2,2 milhões de pessoas em Gaza, crescem as manifestações dos povos e se levantam as vozes dos governos do mundo em repúdio aos sionistas e aos Estados Unidos”.
Conhecendo de perto as distintas realidades, distanciadas por mais de 12 mil quilômetros, Severo descreve as atrocidades que presenciou na Palestina em 2000 e 2015, onde visitou os territórios palestinos ocupados de Gaza e da Cisjordânia, e do que documentou na Guatemala, em 2013 e 2024. “Se na Palestina presenciei crianças com os olhos vazados por tiros de balas de aço revestidas com borracha, pelo simples fato de jogarem pedras nos tanques dos invasores, no país centro-americano comprovei a barbárie do racismo sionista contra os indígenas maias. Ali Israel assessorou as ditaduras para massacrar, erguer campos de concentração, fábricas de munições e estuprar”, relatou.
Na Guatemala, de acordo com os números oficiais, entre 1960 e 1996, foram assassinadas pelo menos 200 mil pessoas, sendo outras 45 mil “desaparecidas”, entre elas cinco mil crianças.
“Do genocídio e do etnocídio praticados contra os indígenas guatemaltecos surgiu o termo ‘palestinização’, para designar a brutalidade empregada contra o conjunto da população civil, o assassinato de crianças, idosos ou mulheres no período mais duro dos anos 80”, revelou Daniel Pascual, coordenador do Comitê de Unidade Camponesa (CUC).
POSTURA DOS EUA E DE ISRAEL OS DEIXA CADA DIA MAIS ISOLADOS
“O planeta está tomando consciência da postura genocida dos Estados Unidos e de Israel, o que os deixa cada vez mais isolados, como está estampado nas gigantes mobilizações populares e nas próprias Nações Unidas. Cabe a nós, agora, ampliar a mobilização e a solidariedade”, defendeu o professor Francisco França (Kico), coordenador do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz-Paraná).
Na avaliação do professor, “o livro traz informações para que as pessoas conheçam a verdade dos fatos, a dimensão e a gravidade dos crimes, e reajam”. De forma categórica, estampou Kico, “os sionistas estiveram presentes no continente como uma academia de tortura e horror”.
A obra traz um registro marcante do cemitério de San Juan Comalapa, na Guatemala, na capa, com o miolo estampando fotos do autor sobre crimes de guerra ocorridos nos dois países, e uma figura onde Maringoni faz uma denúncia contra sobre a ocupação das tropas sionistas das terras palestinas.
Entre outras entidades, o evento conta com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP) e Federação dos Mulheres do Paraná.
Lançamento do livro: Guatemala e Palestina sob o tacão genocida de Israel – Uma história silenciada pela mídia hegemônica
Dia: Quinta-feira, 2 de outubro
Horário: 18h30 – 20h30
Local: Anfiteatro 1.100, 11º andar, Edifício Dom Pedro I da Universidade Federal do Paraná, Rua General Carneiro, 460, Curitiba