Pelo menos nove barcos da Global Sumud Flotilha foram abordados de diversas formas por Israel que “usa agressão ativa”, diz informe dos ativistas a bordo da missão humanitária, segundo o portal Middle East Eye.
A agressiva abordagem teve início às 20:30h, hora de Gaza (14:30 hora de Brasília). Segundo as informações que chegam do portal, foram agredidos o barco Florida atacado por barco israelense. Outros, como Yulara, Meteque, Deir Yassine, Huga, Spectre, Alma e Sirius, foram atingidos por jatos de água no início da noite desta quarta-feira (1º de outubro).
“Este é um ataque ilegal contra trabalhadores humanitários desarmados em águas internacionais”, denuncia comunicado da Flotilha.
Desde a flotilha, os ativistas afirmaram que, antes da abordagem, as forças israelenses tentaram isolar os barcos do resto do mundo: “Danificaram intencionalmente as comunicações das embarcações na tentativa de bloquear os sinais de socorro e interromper a transmissão ao vivo da ação ilegal”.
O trabalho de apoio está em andamento para determinar a localização e as condições de todos os membros das tripulações.
Os ativistas se recusam a entregar a carga a Israel, cujas autoridades dizem que cuidarão da distribuição, enquanto o pessoal insiste no acesso direto ao território palestino. “A Flotilha Global Sumud está a 70 milhas náuticas [cerca de 129 quilômetros] da costa de Gaza e continuará destemida”, enfatizaram em sua declaração recente, acrescentando que não podem confiar os mantimentos a quem bloqueia víveres em caminhões por terra, nas passagens ao interior do território de Gaza, usando a fome como arma mortífera de guerra e, portanto, se negaram a entregar a carga no porto israelense de Ashkelon, o mais próximo a Gaza.
Composta por mais de 40 embarcações que vão desde antigos iates, pequenos veleiros de madeira até embarcações de produção industrial, a Flotilha passou por vários pontos do Mediterrâneo realizando mobilizações de protesto e mobilizando mais barcos em solidariedade aos palestinos e contra o genocídio israelense por cada local onde passou.
Somando mais ativistas e suprimentos ao longo do caminho, médicos, jornalistas e advogados estão determinados a entregar a ajuda humanitária ao povo palestino, submetido à política de cerco e aniquilamento pelo governo de Benjamin Netanyahu. A medida é urgente e necessária já que a população de Gaza vem sofrendo de “níveis catastróficos de fome”, como alertou a ONU.
As autoridades israelenses afirmaram em diversas ocasiões que não permitiriam que os navios humanitários se aproximassem da costa da Faixa de Gaza, alegando o bloqueio marítimo imposto em meio ao genocídio com aviação, tanques e infantaria contra a Faixa.
Na resposta à “sugestão” de Israel, um porta-voz da flotilha respondeu às Forças de Defesa de Israel (IDF) com outra mensagem, enfatizando que o governo de Netanyahu está cometendo crimes de guerra, incluindo o uso da fome como arma de guerra, e que está violando o direito internacional, justificando assim sua tentativa de alcançar a Faixa de Gaza para a entrega da carga aos palestinos.
Uma resposta
Hah, mais uma manobra naval de Israel! Que ousadia atacar jatos de água em águas internacionais… um verdadeiro masterclass em desarmar ativistas com mão de ferro e um pouco de água pressurizada! A Flotilha, com seus iates e veleiros, está resolveendo o genocídio com… suprimentos? Que strategy! Mas ótimo ver eles tão determinados a não entregar a carga ao bloqueador favorito da fome. Pelo menos estão combatendo a fome com… mais fome? Um mistério mediterrâneo!grow a garden calculator