Os servidores municipais de São Paulo entraram em greve nesta segunda-feira contra a reforma da previdência municipal.
A paralisação começou com os professores, na manhã de segunda-feira. À tarde os servidores realizaram uma assembleia em frente à prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, com a participação de diversas categorias do funcionalismo que decidiram aderir à greve iniciada pelos professores.
O Projeto de Lei 17.020/2018, aprovado pelos vereadores e sancionado pelo prefeito no final do ano passado, sob protestos dos servidores, fixa o aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos funcionários públicos de 11% para 14% e a criação de um sistema de previdência complementar para novos trabalhadores com remuneração superior ao teto de R$ 5,6 mil.
Através de uma carta aberta, assinada por diversos sindicatos que representam as categorias do funcionalismo da capital paulista, as entidades afirmam que as aposentadorias e pensões dos servidores públicos vêm sendo duramente atacadas ao longo dos anos por “governos, bancos, financeiras e fundos privados de previdência”, que sempre utilizam o argumento da existência do déficit financeiro para promover novas retiradas de direitos da categoria.
“Enquanto apertam os servidores e demais trabalhadores, arrochando salários e tirando seus poucos direitos, o dinheiro público é usado para financiar projetos e programas de bilionários e aumentar a fortuna de banqueiros e grandes empresários, sonegadores de impostos que ainda se beneficiam de programas de anistia e incentivos fiscais” diz a nota.
Os servidores preparam uma nova assembleia para quinta-feira (7), às 14 horas, em frente à prefeitura.