O governo Bolsonaro quer promover aumento médio de até 25% nas tarifas de pedágios para sete rodovias federais no Sudeste e no Sul. Na Rodovia Fernão Dias, trecho da BR-381, que liga São Paulo a Belo Horizonte, o reajuste pode chegar a 58%.
As concessionárias responsáveis pelas estradas – privatizadas durante o governo Lula – alegam estar em desequilíbrio financeiro, e por conta disto, afirmam não ter condições de investir R$ 7 bilhões em obras de melhoria previstas nos contratos.
Segundo o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, “há espaço para aumento” até maior em tarifa de rodovias que não têm mais obras programadas. “Nessas estradas, há pedágios muito baixos, sem investimentos previstos, e queremos autorizar aumento”, destacou Freitas em entrevista a Folha.
Os trechos de rodovias que poderão sofre aumentos são: BR-116 (PR/SC) – Autopista Planalto Sul, BR-376 (PR) e BR-101 (SC) – Autopista Litoral Sul; BR-116 (SP/PR) – Rodovia Régis Bittencourt; BR-381 (MG/SP) – Rodovia Fernão Dias; BR-101 (RJ) – Autopista Fluminense (Arteris); todos estes trechos de responsabilidade da concessionária Arteris, que tem como sócias a espanhola Arbetis e a canadense Brookfield. A concessionária precisa honrar com R$ 4,6 bilhões para cumprir exigências como duplicações, faixas adicionais, sistemas de controle e monitoramento em cinco vias.
Na lista também estão a BR-393 (RJ) – Rodovia do Aço, da espanhola Acciona; BR-153 (SP) – Rodovia Transbrasiliana, da Triunfo, e BR-116 e BR-324 (BA), da ViaBahia.
Na Fernão Dias o pedágio poderia, segundo cálculos parciais, saltar de R$ 2,40 para R$ 3,80 (58%). Na Régis Bittencourt, que liga a capital paulista ao Sul, a tarifa poderia passar, ainda na avaliação de técnicos, dos atuais R$ 3,20 para R$ 4 (25%).