Em discursos na Câmara, os deputados repudiaram os cortes de Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, nas universidades e institutos federais e o congelamento de bolsas de pesquisa. Parte dos parlamentares contrários aos cortes na Educação paralisaram todas as votações na Câmara como forma de protesto.
Para o deputado Sidney Leite (PSD-AM), “é inaceitável que o Ministério da Educação faça um corte tão violento nos cursos das universidades, mas também para o ensino fundamental e alfabetização”.
O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) afirmou que “o governo Bolsonaro está atropelando, atazanando a vida do nosso povo. Depois de trocar o Mais Médicos por menos médicos, agora os cursos de Sociologia, Pedagogia, e de Filosofia estão condenados à morte”. “Os nossos institutos federais de educação e as universidades federais estão respirando na máquina de oxigênio. Cortaram 30% das verbas. É um absurdo. É um absurdo tirar dinheiro da educação. Não foi isso o que prometeu na campanha”, concluiu.
O deputado federal Marcio Jerry (PCdoB-MA) disse querer “se somar às milhões de vozes que neste momento, com razão, protestam contra mais essa agressão inexplicável e inaceitável do governo Bolsonaro contra as instituições federais e contra as universidades públicas brasileiras”. O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) afirmou que “95% das pesquisas que acontecem em nosso país estão nas universidades públicas”, o que torna os cortes insustentáveis.
Gervásio Maia (PSB-PB) disse estar “contra mais uma atitude absurda do presidente Bolsonaro, que disse que iria governar para todos, mas ele realmente só quer saber de rico e de banqueiro, aos quais a reforma da Previdência, nessa Casa, se propõe”.
Por conta da obstrução dos parlamentares durante a sessão da última quarta-feira (8), nenhum projeto foi votado.