
Bolsonaro – encalacrado em delitos, a exemplo do chamado “laranjal”, envolvendo vultuosos e suspeitos repasses de um de seus mais diletos amigos, o Queiroz, inclusive a sua esposa, ou investigado acerca do contato de um dos assassinos da vereadora Marielle com sua residência horas antes do crime – primeiro, em surpreendente ataque de amnésia, diz aos brasileiros que foi um ano de governo ‘sem corrupção’ e depois anuncia – através do Itamaraty – que assinou acordo com o premiê israelense Netanyahu – três vezes investigado por fraude, suborno e quebra de confiança e implicado, em um quarto e ainda mais grave, caso de corrupção, para, juntos, nada mais, nada menos do que “combaterem a corrupção e o crime organizado”.
Sobre o primeiro, o desmemoriado Bolsonaro, matéria publicada há poucos dias, traz o mapa dos delitos que envolvem o atual inquilino do Planalto, bem como de suas manobras para tentar se livrar das investigações:
Sobre o segundo, o indiciado Netanyahu, também já tivemos oportunidade de trazer aos nossos leitores sua folha corrida:
Aliás, também em similitude a Bolsonaro, Netanyahu manobra para fugir do braço da lei.
O jornal israelense Haaretz noticiou, em matéria publicada dia 28, que Netanyahu pretende pedir ao Knessset (parlamento israelense) imunidade para o primeiro-ministro, ou seja, para ele.
Netanyahu sabe que a chance para que tal falcatrua passe é quase nula mas, ainda assim, deve fazê-lo nos próximos dias para, com isso, paralisar a justiça israelense, pois esta terá que aguardar análise do pedido de Netanyahu até depois do recesso do Knesset, que se dissolve toda vez que há eleições em curso. Com isso, ele teria a possibilidade de concorrer (agora pela terceira vez consecutiva) a eleições, que se realizam em 2 de março, fora do xilindró.
Em cínica declaração à TV israelense, Natanyahu acaba de afirmar que “pedir imunidade não é fugir do julgamento”.