O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) cobrou do ministro Sergio Moro apuração sobre a morte do ex-policial militar e miliciano Adriano Nóbrega, morto em uma troca de tiros, no domingo (9), na Bahia.
Na quarta-feira (05) o advogado de Adriano, Paulo Emílio Catta Preta, recebeu um telefonema do ex-PM avisando-o que estava muito preocupado porque seria morto. Ele chegou a falar com a advogado que seria vítima de queima de arquivo.
Adriano era chefe do Escritório do Crime no Rio de Janeiro, uma espécie de central de assassinatos de aluguel, onde também atuava Ronnie Lessa, preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018.
“Se Sérgio Moro não esclarecer cabalmente este estranhíssimo encadeamento de fatos que inequivocamente estabelece vínculos entre Bolsonaro, filhos e mulher, Queiroz, as milícias do RJ e o assassinato de Marielle e Anderson, terá se transformado em cúmplice!”, disse Ciro Gomes.
O miliciano e assassino profissional Adriano Nóbrega tinha ligações estreitas com Flávio Bolsonaro e seu segurança e motorista, Fabrício Queiroz.
A mãe do miliciano foragido, Raimunda Veras Magalhães, e sua mulher, Danielle Nóbrega, eram funcionárias do gabinete de Flávio quando este era deputado estadual no Rio. As duas eram funcionárias que não trabalhavam.
O MP do Rio suspeita que elas faziam parte do esquema da lavagem de dinheiro do gabinete de Flávio Bolsonaro. Queiroz chegou a receber dois repasses em dinheiro de duas pizzarias controladas por Adriano e que tinham sua mãe Raimunda como dona formal.