O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defendeu, na quarta-feira (22), que a pandemia de coronavírus, responsável por quase 180 mil mortes em todo o mundo, faz parte de um “projeto globalista” que é o “novo caminho do comunismo”.
Já era esperado algo neste sentido por parte do chefe do Itamaraty, já que Donald Trump, seu grande guru e o “mais importante líder da terra”, tinha aberto as baterias contra a China nos últimos dias.
Ernesto alertou seus colegas de governo que o mundo enfrenta um inimigo perigosíssimo, o “comunavírus”. Segundo o chanceler , isso está ocorrendo depois que a pandemia de Covid-19 “fez despertar novamente para o pesadelo comunista”. “Não bastasse o Coronavírus, precisamos enfrentar também o Comunavírus.
“No meu blog, analiso o livro ‘Virus’, de Slavoj Žižek e seu projeto de usar a pandemia para instaurar o comunismo, o mundo sem nações nem liberdade, um sistema feito para vigiar e punir”, escreveu o ministro no Twitter. Tal projeto segundo ele “já se vinha executando por meio do climatismo ou alarmismo climático, da ideologia de gênero, do dogmatismo politicamente correto, do imigracionismo, do racialismo ou reorganização da sociedade pelo princípio da raça, do antinacionalismo, do cientificismo”.
Citando o livro “Virus”, escrito pelo filósofo e psicanalista esloveno Slavoj Zizek, segundo Araújo ,“um dos principais teóricos marxistas da atualidade”, o preposto de Bolsonaro e Olavo de Carvalho no Itamaraty agride entidades internacionais como a OMS. Para o ministro, “transferir poderes” à entidade internacional esperando que ela seja mais “eficiente para lidar com os problemas do que os países agindo individualmente” é um pretexto “jamais comprovado” e “o primeiro passo na construção da solidariedade comunista planetária”.
“Não escapa a Zizek, naturalmente, o valor que tem a OMS neste momento para a causa da desnacionalização, um dos pressupostos do comunismo”, assinalou o ministro. “Transferir poderes nacionais à OMS, sob o pretexto (jamais comprovado!) de que um organismo internacional centralizado é mais eficiente para lidar com os problemas do que os países agindo individualmente, é apenas o primeiro passo na construção da solidariedade comunista planetária”, advertiu.
E, no final, sem tomar seus remédios, ele chega ao auge da crise alucinatória. “A pretexto da pandemia, o novo comunismo trata de construir um mundo sem nações, sem liberdade, sem espírito, dirigido por uma agência central de “solidariedade” encarregada de vigiar e punir. Um estado de exceção global permanente, transformando o mundo num grande campo de concentração”, conclui o desastroso chanceler.