A China expulsou na terça-feira (28) um navio de guerra dos Estados Unidos que havia se “deslocado ilegalmente” e “invadido suas águas territoriais” frente às ilhas Xisha, “agredindo os interesses da sua soberania e segurança nacional”.
Para o porta-voz do Exército Popular de Libertação da China (EPL), Li Huamin, em vez das reiteradas provocações militaristas que têm convertido as ilhas em alvo permanente de conflito, o importante é o governo de Washington “centrar-se na prevenção e controle da covid-19 em sua terra natal”, uma vez que encontra-se com imensos problemas.
A compreensão do EPL é que Trump deve contribuir mais na luta internacional contra o avanço da pandemia em todo o mundo – que já contaminou mais de três milhões de pessoas e ultrapassou 225 mil mortes – em lugar de desestabilizar “a segurança e a paz regional”. Os Estados Unidos lideram com folga a tragédia do coronavírus, com mais de um milhão de infectados e 60 mil óbitos, pela conta dados da Johns Hopkins University.
DESTRÓIER DEU MEIA VOLTA
De acordo com o porta-voz do EPL, aeronaves e forças navais chinesas enviadas para escoltar o destróier de mísseis guiados estadunidense USS Barry, “seguiram e monitoraram seu curso, identificaram o barco, lhe lançaram uma advertência e o expulsaram. Alguma das ações norte-americanas no mar do Sul poderia ter causado facilmente um acidente, alertou Li.
O fato, reiterou porta-voz do exército chinês, é que as ações “provocadoras” dos Estados Unidos “violaram seriamente o direito internacional e as normas relacionadas”, além de “aumentar de forma intencional os riscos de segurança regional”.
Diante disso, assinalou Li, “nossas forças cumpriram com determinação o seu dever de resguardar a soberania, a paz, a segurança e a estabilidade da China Meridional”.
Esta foi a segunda vez neste abril que, alegando “liberdade de navegação”, o USS Barry atravessou o cerco estreito de Taiwan, sendo seguido de perto por um porta-aviões chinês e obrigado a dar meia volta. Rapidinho.